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Brasil

Mortes violentas vitimaram 139 pessoas do grupo LGBT+ no primeiro semestre

Levantamento do Grupo Gay da Bahia indica que Nordeste e Sudeste registram maioria dos casos

Bandeira (LGTB) é hasteada na Embaixada do Reino Unido para marcar o Dia Internacional contra a Homofobia e Transfobia, celebrado neste sábado (17) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Entre janeiro e junho deste ano, 139 pessoas do grupo LGBT+ foram vítimas de mortes violentas no Brasil, segundo levantamento do Grupo Gay da Bahia divulgado nesta quarta-feira. Os dados se baseiam em notícias publicadas nos meios de comunicação e coletados pela ONG. Em 2022, o levantamento registrou 256 mortes. As informações são do O Globo.

A região Nordeste segue sendo a mais hostil e respondeu por 41,72% (58) das mortes no país, seguida pelo Sudeste (30,21%). A Região Norte respondeu por 12,95% dos casos, seguida Centro Oeste (10,79%) e Sul (4,31%).

Há 14 anos o Brasil lidera a ocorrência deste tipo de crime, segundo o Observatório de Mortes e Violências contra LBGTI+, seguido pelo México.

 

No período, os gays foram as principais vítimas (48,2%), seguidos pelo subgrupo formado por travestis, mulheres trans e transexuais (41,72%). Em seis casos não foi possível identificar a orientação sexual.

Se considerada a cor da pele, metade (50,35%) das vítimas foram identificadas como pardas (38,85%) ou pretas (11,51%). As vítimas brancas representaram 11,51% do total. Nos demais casos não houve este tipo de registro.

 

A maioria das mortes foi provocada por armas brancas (33,09%). As armas de fogo responderam por um quarto dos registros. Chama atenção a ocorrência de duas mortes por apedrejamento e 16 casos de estrangulamento ou asfixia, o que retrata o ódio e a crueldade associados à violência de gênero. As informações coletadas sobre 39 das vítimas não foram suficientes para obter essa informação.

O dia 28 de junho é considerado o Dia do Orgulho LGBT+ em todo o mundo. A data refere-se à invasão, pela polícia, do bar Stonewall Inn, um dos mais conhecidos bares gays de Nova York, em 1969. Na época, relações entre pessoas do mesmo sexo eram consideradas crime na maioria dos estados americanos.

 

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