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Brasil

Ministro Salles quer empresa privada monitorando Amazônia, diz jornal

Na Amazônia, a empresa foi contratada pelo governo do Pará para fornecer imagens de 3 metros de resolução alertas e dados de desmatamento, por meio do Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cimam).

Nos primeiros cinco meses do governo Jair Bolsonaro, o Ibama registrou a menor proporção de autuações por alerta de desmatamento na Amazônia dos últimos quatro anos. Apesar do déficit na fiscalização e da disponibilidade de um novo sistema gratuito para o Estado, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, culpa o atual monitoramento, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), pela ineficácia no combate ao desmate e quer tr lo por uma empresa privada.

As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Do começo do ano até 15 de maio, o Inpe enviou aos órgãos ambientais de fiscalização 3.860 alertas de desmatamento via Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Re (Deter-B), do Inpe. Uma média de 28,6 alertas/dia. A fiscalização do Ibama, no entanto, realizou apenas 850 autuações por alteração da flora emitidas pelo Ibama na Amazônia Legal no mesmo período, ou 6,2/dia.

Um dos principais focos de ações do Ibama até o ano passado é a região da BR-163, no oeste Pará, uma das áreas mais críticas de desmatamento ilegal da Amazônia. De outubro a abril, Deter-B captou 14,76 km de corte raso dentro da Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, á equivalente a nove parques Ibirapuera.

Sob Bolsonaro, porém, até agora não houve nenhuma operação na Amazônia. A Folha apurou que o ministro quer contratar a empresa paulista de geoprocessamento Santiago & Cintra, que neste ano já esteve ao menos duas vezes no ministério para tratar do assunto.

Na Amazônia, a empresa foi contratada pelo governo do Pará para fornecer imagens de 3 metros de resolução alertas e dados de desmatamento, por meio do Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cimam). O projeto foi iniciado em março de 2017 com a promessa de melhorar o combate ao desmatamento, mas o Pará continua  sendo o estado mais problemático do país.


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