Brasil
INSS cria comitê para reduzir fila de quase 3 milhões de pedidos de benefícios
Grupo terá reuniões semanais e deverá propor ações para destravar 920 mil processos que estão sob responsabilidade do instituto; trabalhos vão até junho de 2026.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) criou um comitê interno para monitorar, avaliar e propor soluções para reduzir a fila de pedidos de aposentadorias, pensões e demais benefícios, que chegou a 2,862 milhões de processos em outubro.
O comitê foi criado em um momento em que o volume de novos requerimentos cresce de forma acelerada. Desde o início deste ano entraram na fila 23% a mais de novos requerimentos, segundo levantamento do INSS. Em setembro a fila estava em 2,778 milhões e em agosto 2,626 milhões.
Os dados divulgados mostram que 32% da fila (920 mil processos) podem ser resolvidos diretamente pelo instituto. Os demais dependem de pendências externas, como documentos não apresentados, perícias medidas ou análises da Dataprev.
Entre os casos fora da governabilidade, o maior gargalo está no Benefício de Prestação Continuada (BPC), há 660 mil solicitações paradas aguardando recálculo de renda familiar pela Dataprev, além de 82 mil pendentes apenas de biometria. No total, a fila do BPC soma 897 mil processos e só 13% estão disponíveis para análise do INSS.
Outro ponto crítico é o benefício por incapacidade temporária, cuja fila é de 1,324 milhão de pedidos. Apenas 25% desse total está sob responsabilidade direta do órgão. Apesar do crescimento da fila, o INSS afirma que o tempo médio de concessão caiu para 35 dias.
“Apesar do crescimento no número absoluto da fila, o tempo médio para a concessão de benefícios tem apresentado queda. Graças ao compromisso e esforço contínuo dos servidores, o INSS alcançou o tempo médio de 35 dias para conceder um benefício”, informa o órgão.
O que o comitê fará
O novo comitê será formado por sete servidores, coordenados por Eduardo Basso. Entre as atribuições, estão:
monitorar semanalmente a evolução da fila de requerimentos iniciais (RID);
propor diretrizes para reorganização do estoque de processos;
articular ações entre áreas técnicas;
apresentar relatórios quinzenais ao presidente do INSS.
As reuniões serão semanais, por videoconferência quando necessário, e a participação não será remunerada. Os trabalhos vão até 30 de junho de 2026, quando o grupo deverá entregar um relatório final com as recomendações
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