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Hugo Motta emprega três funcionárias fantasmas e demite duas após denúncia

Contratadas para 40 horas semanais, as funcionárias não registravam ponto biométrico nem prestavam serviços efetivos ao mandato.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), manteve em seu gabinete três funcionárias com rotinas alheias às obrigações legislativas. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, foram identificadas uma fisioterapeuta, uma estudante de medicina e uma assistente social atuando como secretárias parlamentares, sem dedicação exclusiva à Câmara dos Deputados.

Contratadas para 40 horas semanais, as funcionárias não registravam ponto biométrico nem prestavam serviços efetivos ao mandato. Duas delas vivem em João Pessoa (PB), a mais de 2.000 km da sede do Legislativo. A terceira mora em Brasília, onde exerce função paralela como fisioterapeuta em clínicas privadas, de segunda a quinta-feira.

Somadas, as remunerações das três funcionárias neste ano ultrapassaram R$ 112 mil. O valor inclui salários, auxílios e gratificações. Após ser questionado pela reportagem em 8 de julho, Motta ordenou a exoneração de Gabriela Pagidis e Monique Magno. O desligamento ainda não consta em boletim oficial da Câmara.

A fisioterapeuta Gabriela compartilhou foto recente em clínica de Brasília usando uniforme do Fluminense e fazendo alusão à vitória do time. Dados do Ministério da Saúde e observações em campo confirmam sua atuação profissional fora da Câmara. Nos dias em que não atende pacientes, ela frequenta uma academia próxima à residência.

A assessoria de Hugo Motta afirmou que o deputado “preza pelo cumprimento rigoroso das obrigações de seus funcionários”. As duas exonerações aconteceram após questionamentos da imprensa. A terceira funcionária ainda permanece no cargo.


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