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Brasil

Governo prevê internet em 100% das escolas urbanas em 2020

A velocidade da internet, segundo a pasta, depende da velocidade ofertada na região, mas o MEC disse que garante a melhor oferta disponível.

Alunos de escolas públicas urbanas em mais de 5,2 mil municípios do país poderão ser beneficiados com acesso à internet. Em cerimônia no Palácio do Planalto, com participação do presidente Jair Bolsonaro, o governo anunciou a ampliação do programa Educação Conectada, do Ministério da Educação (MEC). A medida prevê investimentos de R$ 224 milhões até o final de 2020. Ao todo, cerca de 70 mil escolas serão atendidas, alcançando um total de 27,7 milhões de alunos.

No início do mês, o MEC já havia anunciado a expansão do programa para 24,5 mil escolas urbanas, além de garantir que outras 9,9 mil escolas contempladas em 2018 continuassem com a cesso à internet a partir do repasse do dinheiro para a manutenção do serviço.

“Das escolas urbanas, a gente vai para mais de 80% (de cobertura de internet). Das escolas rurais, que é via satélite, [a cobertura] era zero, esse ano a gente já vai para 40%, e aí a gente começa a acelerar esse processo”, afirmou o ministro da Educação, Abraham Weintraub, em entrevista a jornalistas.

No caso das escolas rurais, o Educação Conectada é realizado em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que recebeu do MEC, em 2019, um total de R$ 60 milhões para implantar internet por meio de tecnologia via satélite. Até o fim deste ano, o governo prevê conexão de 8 mil escolas rurais à internet.

A velocidade da internet, segundo a pasta, depende da velocidade ofertada na região, mas o MEC disse que garante a melhor oferta disponível. O Educação Conectada tem o objetivo de apoiar a universalização do acesso à internet em alta velocidade e fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais na educação básica.

O presidente Jair Bolsonaro e o senador Arolde de Oliveira, entoam a canção da Infantaria, após solenidade de ampliação do Programa Educação Conectada nas Escolas e ato comemorativo ao Dia da Bandeira

Para receber a conexão de internet, as instituições públicas precisam ter número de matrículas maior que 14 alunos; ter, no mínimo, três computadores para uso pelos alunos; e, ter, no mínimo, um computador para uso administrativo e pelo menos uma sala de aula em funcionamento.

A baixa velocidade de conexão e a falta de capacitação dos professores são entraves mostrados pela pesquisa TIC Educação, que trata do uso da internet como ferramenta pedagógica. Segundo o estudo divulgado hoje (29), apenas 39% dos docentes de escolas públicas e privadas tiveram alguma disciplina ou discussão durante a graduação sobre o uso da rede nas aulas. O índice chega a 54% entre os professores com até 30 anos e fica em 25% no grupo daqueles com mais de 46 anos.

“Não podemos exigir desse professor uma prática que ele não conhece”, ressaltou o gerente do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), Alexandre Barbosa, ao lembrar que navegar pela internet no dia a dia é diferente de usá-la para fins pedagógicos. “Isso é muito crítico. E provavelmente aí está uma das fontes que nós temos para apropriação dessa tecnologia para uso pedagógico nas escolas brasileiras”, acrescentou.

O acesso à internet está disponível nas salas de aula de 43% das escolas públicas urbanas e em 72% das classes de estabelecimentos particulares. No entanto, o ambiente virtual só é utilizado na própria sala de aula por 50% dos professores da rede particular e somente por 23% dos docentes da rede pública.

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