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Brasil

Gasto médio do turista do Amazonas fora do Estado em 2024 foi maior do que os que visitam o Estado, aponta pesquisa do IBGE

No País, os gastos totais em viagens nacionais com pernoite, em 2024, alcançaram R$ 22,8 bilhões, um crescimento de 11,7% em relação a 2023, quando os gastos somaram R$ 20,4 bilhões.

O gasto médio do turista do Amazonas fora do Estado em 2024 foi de R$ 1.534,00 contra R$ 1.416,00 dos turistas que visitaram o Estado. As informações estão no Módulo Turismo da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada nesta quinta-feira (02/10) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

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gasto-medio-do-turista-do-amazOs gastos totais em viagens nacionais com pernoite, em 2024, alcançaram R$ 22,8 bilhões, um crescimento de 11,7% em relação a 2023, quando os gastos somaram R$ 20,4 bilhões. “Tivemos o mesmo número de viagens e um gasto maior, o que significa que viajar está mais caro ou, então, as pessoas estão fazendo viagens mais caras”, comenta o analista da pesquisa, William Kratochwill.
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Nas viagens com destino na Região Sudeste, o gasto total foi de R$ 8,7 bilhões, seguido do Nordeste (R$ 7,4 bilhões) e Sul (R$ 4,1 bilhões). As Regiões Centro-Oeste e Norte apresentaram os menores gastos totais, com R$ 1,7 bilhão e R$ 978,0 milhões, respectivamente.

Entre as regiões, os destinos que registraram os maiores gastos médios com viagens foram Nordeste (R$ 2.523), Sul (R$ 1.943) e Centro-Oeste (R$ 1.704), seguidas pelas regiões Sudeste (R$ 1.684) e Norte (R$ 1.263). Quanto à origem, os maiores gastos estavam entre viagens saindo da Região Centro-Oeste (R$ 2.182), Sudeste (R$ 2.128) e Sul (R$ 1.787), seguidas por Norte (R$ 1.451) e Nordeste (R$ 1.206).

Como destino, Alagoas (R$ 3.790) foi o estado que apresentou o maior gasto médio no país. Já o Distrito Federal apresentou os maiores gastos médios com viagens de origem, com R$ 3.090.

Em 2024, assim como em 2023, foram registradas 20,6 milhões de viagens, ante 12,1 milhões em 2021 e 13,4 milhões em 2020. Dos 77,8 milhões de domicílios estimados no país em 2024, 15,0 milhões (19,3%) registraram viagem de ao menos um morador. Esse valor se manteve estável em relação a 2023 mas, proporcionalmente, houve redução de 0,5 ponto percentual. Durante a pandemia de Covid-19, as proporções foram de 13,9%, em 2020, e de 12,7%, em 2021.

Verificou-se pouca alteração em relação à finalidade das viagens: em 2020, 85,1% das viagens ocorreram por finalidade pessoal; em 2021, o percentual foi de 85,4%, em 2023 foi de 85,8% e em 2024 foi de 85,5%, incluindo viagens nacionais e internacionais.

A maior parcela dos domicílios em que houve viagem (4,48 milhões ou 29,8%) se encontra na faixa de rendimento domiciliar per capita de 1 a menos de 2 salários mínimos. A principal finalidade das viagens por motivo pessoal era o lazer (7,0 milhões ou 39,8%), seguido por visita ou eventos de familiares e amigos (5,67 milhões, ou 32,2%). Sol e praia ainda são o motivo mais frequente de lazer. E, independentemente de motivos pessoais ou profissionais, o maior percentual de hospedagens continua sendo casa de amigo ou parente.

Dinheiro

Em 2024, a pesquisa revelou que em 62,8 milhões de domicílios não houve viagem. Se por um lado houve desinteresse, falta de necessidade ou outro motivo para os moradores de 19,0 milhões de domicílios, por outro, a demanda por viagens nos outros 43,7 milhões de domicílios foi reprimida pela falta de dinheiro, tempo, saúde ou por terem outra prioridade.

Após a recuperação no número de viagens realizadas pelos moradores, que passou de 12,1 milhões em 2021 para 20,6 milhões em 2023 e 2024, os resultados apontam uma expansão das viagens com destino internacional (3,0% em 2023 e 3,3% em 2024). Com 688 mil viagens tendo destino internacional, o ano de 2024 apresentou 11,1% de crescimento quando comparado com o ano de 2023 (619 mil viagens).

No território nacional, na maioria das viagens (80,9%), o viajante teve a mesma região como origem e destino. Em 35,3% das vezes, o viajante partiu e teve como destino o Sudeste. Essa região, que é a mais populosa do país, foi a origem de 43,9% do total das viagens, seguida pelo Nordeste (23,8%) e pelo Sul (17,4%). A mesma sequência se manteve em relação ao destino da viagem: Sudeste (41,2%), Nordeste (27,4%) e Sul (17,6%).

Em 2024, o principal meio de transporte nas viagens foi o carro particular ou de empresa (50,7%), seguido por avião (14,7%) e ônibus de linha (11,9%). Verifica-se mudança em relação ao período da pandemia de Covid-19, nos dados de 2020 e 2021, quando o percentual de viagens em meios de transporte não coletivos, como carro, eram consideravelmente maiores, atingindo 57,6% em 2020.


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