Brasil
Eduardo Bolsonaro sugere que Alcolumbre e Hugo podem sofrer sanções dos EUA
Deputado afirmou ainda que, se o Brasil não pautar a anistia e o impeachment de Alexandre de Moraes, “a coisa ficará ruim”.

Mandel Ngan/AFP
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sugeriu, em entrevista nesta sexta-feira (25), que os presidentes do Senado e da Câmara, Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), respectivamente, também podem ser alvos de sanções do governo dos Estados Unidos.
“Quando Rodrigo Pacheco perdeu o visto, foi porque ele não pautou nenhuma das dezenas de pedidos de impeachment que chegaram a sua mesa, ou seja, ele fez parte desse aparato que sustentou o regime brasileiro. O Davi Alcolumbre não está nesse estágio ainda, mas certamente já está no foco do governo americano”, disse o filho do ex-presidente ao programa Oeste com Elas, da Revista Oeste.
“Ele [Alcolumbre] tem a possibilidade agora de não ser sancionado e não acontecer nada com o visto dele se ele não der respaldo ao regime. E também o Hugo Motta também, porque na Câmara dos Deputados tem a novidade da lei da anistia. Impeachment de ministro fica a cargo da presidência do Senado, anistia fica a cargo do presidente da Câmara. Eu tenho certeza que o Davi Alcolumbre e o Hugo Motta não são iguais ao Alexandre de Moraes”, completou.
Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA desde março, destacou ainda que está “mandando recados” aos presidentes das Casas e alertando que “se o Brasil não conseguir pautar a anistia, se o Brasil, não conseguir, de repente, ainda que num segundo passo, pautar o impeachment de Alexandre de Moraes, a coisa ficará ruim”.
“O Davi Alcolumbre e o Hugo Motta têm que prestar atenção no que está acontecendo aqui [nos Estados Unidos], eu estou mandando vários recados, mas a minha percepção do que eu tenho olhado aqui é o que está realmente se passando”, disse o deputado.
Suspensão de vistos
No último dia 18, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou a revogação do visto do ministro Alexandre de Moraes, “de seus aliados e de seus familiares imediatos”.
Segundo apuração do site CNN, os afetados pelas sanções dos EUA foram:
- Luís Roberto Barroso, presidente do STF;
- Edson Fachin, vice-presidente do STF;
- Dias Toffoli, ministro do STF;
- Cristiano Zanin, ministro do STF;
- Flávio Dino; ministro do STF;
- Cármen Lúcia, ministra do STF;
- Gilmar Mendes, ministro do STF; e
- Paulo Gonet, procurador-geral da República.
Na última segunda-feira (21), depois de participar de um evento no Ceará, o presidente da Suprema Corte, Luís Roberto Barroso, disse tratar com muita “importância” a questão da suspensão, mas evitou comentar a pauta.
Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a sanção norte-americana é uma “medida arbitrária”.
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