Brasil
Desemprego no Brasil cai para 5,6% em julho, menor nível da série histórica, aponta IBGE
População ocupada, o total de trabalhadores do país, bateu novo recorde, chegando a 102,4 milhões. Rendimento médio real habitual dos trabalhadores alcançou R$ 3.484.

A taxa de desocupação do Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho, chegando ao menor nível da série histórica, iniciada em 2012, para qualquer trimestre. O resultado veio melhor que as expectativas de analistas de mercado, que projetavam queda para 5,7%, segundo mediana das projeções reunidas pela Bloomberg. No trimestre encerrado em abril, a desocupação ficou em 6,6%.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE nesta terça-feira,16/9.
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A população ocupada, ou seja, o total de trabalhadores do país, bateu novo recorde, chegando a 102,4 milhões. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) manteve o percentual recorde: 58,8%. Além disso, o número de empregados com carteira assinada também foi recorde, chegando a 39,1 milhões.
Com isso, o número de desocupados chegou a 6,1 milhões, o menor contingente desde o último trimestre de 2013.
Para William Kratochwill, analista do IBGE, os números “sustentam o bom momento do mercado de trabalho, com crescimento da ocupação e redução da subutilização da mão de obra, ou seja, um mercado de trabalho mais ativo”.
O rendimento médio mensal da população chegou a R$ 3.484, crescendo 1,3% no trimestre e 3,8% no ano. Já a massa de rendimento real habitual, indicador que mede a soma das remunerações de todos os trabalhadores, atingiu R$ 352,3 bilhões, alcançando seu pico histórico.
A população fora da força de trabalho ficou em 65,6 milhões, apontando para estabilidade nas duas comparações. Já a população desalentada, aqueles que desistiram de procurar um emprego, caiu para 2,7 milhões, recuando 11% (332 mil pessoas a menos) no trimestre e mostrando redução de 15% (menos 475 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados caiu 0,3 p.p. no trimestre e recuou 0,4 p.p. no ano, chegando a 2,4%.
— Esses indicadores demonstram que as pessoas que deixaram a população desocupada não estão se retirando da força de trabalho ou caindo no desalento, elas estão realmente ingressando no mercado de trabalho, o que é corroborado pelo recorde na ocupação — analisa Kratochwill.
O aumento na ocupação no trimestre analisado foi puxado por três setores:
– agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: 2,7%, ou mais 206 mil pessoas
– informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas:2,0%, ou mais 260 mil pessoas;
– administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais: 2,8%, ou mais 522 mil pessoas.
Informalidade recua
No período analisado, a taxa de informalidade chegou a 37,8%, ligeiramente menor que a do trimestre móvel anterior (38%) e inferior, também, à do mesmo período do ano passado (38,7%). No entanto, o total de trabalhadores sem vínculo formal (38,8 milhões) teve ligeira alta frente ao trimestre anterior (38,5 milhões) e ao mesmo período de 2025 (38,7 milhões).
— O crescimento da parcela informal da população ocupada foi marginal, sem significância estatística, no entanto a parcela formal continuou a crescer, promovendo uma redução significativa neste indicador — diz o analista do IBGE.
O número de empregados do setor privado com carteira de trabalho assinada foi recorde, alcançando 39,1 milhões e mostrando estabilidade no trimestre, com alta de 3,5% (mais 1,3 milhão de pessoas) no ano.
Já o contingente de trabalhadores por conta própria (25,9 milhões) também foi recorde, crescendo 1,9% (mais 492 mil pessoas) no trimestre e 4,2% (mais 1 milhão) no ano. O número de empregados do setor privado sem carteira assinada (13,5 milhões) ficou estável nas duas comparações.
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