Brasil
Datafolha: reprovação de Bolsonaro cresce mais nas regiões Norte e Centro-Oeste
De acordo com a Folha de S.Paulo, a pesquisa do Datafolha indica a consolidação de uma divisão política do país após seis meses do governo de Jair Bolsonaro (PSL). O Brasil está rachado em três, diz o jornal.
A reprovação ao governo do presidente Jair Bolsonaro aumentou 5 pontos percentuais entre abril e julho deste ano nas regiões Norte e Centro-Oeste, segundo pesquisa do Data Folha, publicada nesta segunda-feira, pelo jornal Folha de S. Paulo e pelo UOL. Nas duas regiões, em abril, 22% reprovavam o governo. Em julho, o percentual subiu para 27%. Foi a maior variação entre todas as regiões pesquisadas. No Nordeste, subiu de 39% para 41%. No Sul, de 22% para 25%. No Sudeste, de 30% para 34%.
De acordo com a Folha, a pesquisa do Datafolha indica a consolidação de uma divisão política do país após seis meses do governo de Jair Bolsonaro (PSL). O Brasil está rachado em três. Na média nacional, para 33%, o presidente faz um trabalho ótimo ou bom. Para 31%, regular, e para outros 33%, ruim ou péssimo. Com variações mínimas, é o mesmo cenário que se desenhou três meses atrás, no mais recente levantamento do instituto.
A pesquisa atual foi feita em 4 e 5 de julho e ouviu 2.860 pessoas com mais de 16 anos, em 130 cidades. Ela tem uma margem de erro de dois pontos percentuais. Com isso, Bolsonaro se mantém como o presidente em primeiro mandato com a pior avaliação a esta altura do governo desde Fernando Collor de Mello, em 1990, segundo o Datafalha.
A estabilização de Bolsonaro sugere um piso de seu eleitorado. Menor do que aquele que o elegeu no segundo turno em 2018, mas semelhante à fatia usualmente associada aos apoiadores de seu maior rival, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na mão inversa, vem caindo a expectativa positiva em relação a seu governo. De abril a julho, foi de 59% para 51% a fatia de entrevistados que preveem uma gestão ótima ou boa. A ideia de que será regular subiu de 16% para 21%, enquanto o pessimismo ficou estável na margem de erro (23% para 24%), diz a Folha.
Isso espelha a percepção das realizações do presidente. Para 61%, ele fez menos do que o esperado, enquanto 22% consideram o desempenho previsível. Já 12% avaliam que ele superou a expectativa. Há três meses, os dados eram semelhantes.
O Nordeste continua sendo oposicionista. Lá, Bolsonaro é ruim ou péssimo para 41%. Já o Sul segue sendo o bastião bolsonarista, com aprovação de 42% dos entrevistados.
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