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Brasil

Datafolha: maior índice de orgulho do Brasil e esperança no futuro está no Norte e Centro-Oeste

Em relação aos sentimentos sobre o país, o piso histórico do grupo que diz sentir mais orgulho do que vergonha ocorreu em junho de 2017.

São Paulo- SP, 23/12/2013- Movimento de consumidores na região da rua 25 de março, tradicional centro do comercio popular da cidade, na véspera do natal.

Apesar das crises sanitária, política e econômica, a maior parte dos brasileiros se diz orgulhosa do país e esperançosa sobre o futuro, de acordo com o Datafolha. Segundo o instituto, 70% dos entrevistados dizem ter mais orgulho do que vergonha do Brasil, ante 26% que afirmaram o oposto. Não soube responder 1%, e outros 2% deram outras respostas. Na pesquisa feita na última semana, a sensação de orgulho foi mais detectada entre homens (o índice sobe para 74%), moradores do Centro-Oeste e Norte (77%) e estudantes (80%).

O Datafolha também questionou se o Brasil tem ou não tem jeito. Afirmaram que sim 90% dos entrevistados, e 8% disseram que o país não tem jeito. Disseram que depende 2% dos entrevistados.

A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O Datafolha ouviu presencialmente 2.071 pessoas de todo o país nos dias 11 e 12 deste mês. O nível de confiança do levantamento é de 95%.

Na série histórica das pesquisas do Datafolha, os números dessa rodada nesses dois questionamentos não destoam muito de resultados aferidos anteriormente, mesmo diante do grave contexto de dificuldades do país neste ano e das centenas de milhares de mortes provocadas pela pandemia da Covid.

Em relação aos sentimentos sobre o país, o piso histórico do grupo que diz sentir mais orgulho do que vergonha ocorreu em junho de 2017.

Naquela época, o país vivia outra grave crise política causada por delações premiadas que atingiram duramente o então presidente Michel Temer. Ele chegou a ter o cargo ameaçado e venceu votações na Câmara que poderiam até tirá-lo do posto.

Na ocasião, apenas 50% dos brasileiros disseram ter mais orgulho do que vergonha, ante 47% do bloco oposto. As respostas mais positivas voltaram a subir ao longo de 2018 e 2019.

Na pesquisa anterior sobre o tema, em maio de 2020, a taxa estava em 67%. Antes da pandemia do novo coronavírus, no fim de 2019, o índice era de 76%.

No histórico do instituto, o número mais alto aferido foi registrado em novembro de 2010, com 89%. Naquele ano, o Brasil registrou o maior crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste século, com 7,5%.

A taxa sobe para 87% quando são entrevistados apenas aqueles que classificam o governo Jair Bolsonaro como ótimo ou bom. Já o bloco dos que dizem sentir mais vergonha do que orgulho vai a 38% entre aqueles que disseram que votarão nulo ou branco na eleição presidencial de 2022.

A taxa é elevada também entre moradores do Sudeste (31%), eleitores do ex-presidente Lula (31%). Sobe ainda para 38% quando considerados apenas aqueles que consideram a gestão do Ministério da Saúde na pandemia ruim ou péssima.

Em relação ao outro ponto pesquisado pelo Datafolha, em que os entrevistados são questionados se o país tem ou não jeito, também há tendência de respostas mais positivas de apoiadores de Bolsonaro e mais negativas de seus críticos.

Entre quem pretende votar no presidente no próximo ano, a perspectiva positiva sobe para 93%. A taxa fica em 94% entre quem tem ensino superior e entre aqueles que são funcionários públicos. No Centro-Oeste e no Norte do país, passa para 93%.

Na corrente oposta, a taxa dos que dizem que o país não tem jeito vai a 11% entre os desempregados que procuram emprego e sobe para 12% entre quem votou branco ou nulo em 2018.

A pesquisa anterior sobre o assunto, em abril de 2017, detectou índices parecidos. Na ocasião, a resposta otimista foi de 89%, ante 9% dos pessimistas.

Recuando ainda mais no histórico de levantamentos, em dezembro de 1996 86% dos entrevistados achavam que o Brasil tinha jeito, ante 10% que acreditavam o oposto.


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