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COP30: Brasil pede à ONU mais verba para hospedar países em Belém

Governo deixou claro que não haverá mudança da sede da conferência.

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O governo brasileiro vai criar uma força-tarefa para ajudar diretamente na negociação de hospedagens para delegações estrangeiras em Belém durante a COP30. Nesta sexta-feira, 22, o Brasil negou um pedido da Organização das Nações Unidas (ONU) para subsidiar a acomodação dos países e pediu que a entidade amplie auxílio financeiro dado às nações para participar da conferência.

Durante reunião com a equipe da ONU, o Brasil defendeu que a organização saia da “zona de conforto” e ofereça soluções. O governo brasileiro apoiou um pleito dos países mais pobres por aumento da diária paga pela UNFCCC, braço ambiental da ONU, para reservas na COP.

A COP30 tem vivido uma crise de hospedagens devido ao aumento exorbitante dos preços. Em alguns casos, reservas para o período do evento, de 10 a 21 de novembro, chegaram à casa de mais de R$ 1 milhão. Nesse cenário, 29 países assinaram uma carta pedindo ao governo brasileiro que mude a cidade sede do evento. O Brasil, por sua vez, reitera que a COP-30 ocorrerá em Belém.

Nesta sexta-feira, o governo brasileiro participou de uma reunião com a equipe da UNFCCC para responder a 48 perguntas a respeito da logística da COP30. Até o momento, as delegações de 39 países já confirmaram suas reservas na plataforma de hospedagem do governo federal e outros oito já locaram acomodações por fora. Estão neste último grupo Egito, Espanha, Portugal, República do Congo, Cingapura, Arábia Saudita, Japão e Noruega.

“O governo brasileiro deixou claro que não há nenhuma condição de mudança de cidade sede”, afirmou a secretária executiva da Casa Civil, Míriam Belchior, que participou da reunião.

Subsídio da ONU

A ONU chegou a pedir que o Brasil fornecesse auxílio financeiro para os países participantes da conferência. A proposta foi negada pela organização brasileira.

“A carta de ontem da ONU pedia explicitamente, sem limitação do número de negociadores, que a gente garantisse US$ 100 para os países menos desenvolvidos e insulares e uma outra faixa para os países desenvolvidos. Falamos claramente que o Brasil não tem condição, mas que (apoiamos) essa proposta de a ONU subir um pouquinho a contribuição que dá”, disse Míriam Belchior.


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