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Comissão do Senado aprova convite para ministro da Educação explicar lobby de pastores

Ribeiro entrou em contato com a comissão e se dispôs a ir. O requerimento foi alterado para um convite. Nesse caso, a pessoa decide quando comparecer.

Pastor Gilmar Santos e o ministro da Educação, Milton Ribeiro. (Foto: Reprodução)

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou na manhã desta quinta-feira um convite para o ministro da Educação, Milton Ribeiro, para prestar esclarecimentos sobre a atuação de pastores lobistas em sua pasta. Ribeiro deverá ir à comissão na próxima quinta-feira.

Inicialmente seria votada uma convocação, quando há obrigação de comparecer. Entretanto, Ribeiro entrou em contato com a comissão e se dispôs a ir. O requerimento foi alterado para um convite. Nesse caso, a pessoa decide quando comparecer.

Também foi aprovada solicitação de depoimento dos pastores Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura, suspeitos de praticar tráfico de influência, do presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte, e de seis prefeitos, entre eles o de Bonfinopólis (GO), Kelton Pinheiro, que disse ao GLOBO ter recebido um pedido de propina até em bíblias.

Gilmar é presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, e Arilton é assessor de Assuntos Políticos da organização. Os dois intermediaram encontros de prefeitos com Ribeiro.

Como o GLOBO mostrou, dois desses prefeitos acusam Moura de pedir proprina para ajudar a liberar recursos do ministério para obras em suas cidades.

Gilmas Santos esteve ao menos quatro vezes com o presidente Jair Bolsonaro, sendo as primeiras vezes antes de Ribeiro tomar posse. Em um desses encontros, um outro pastor relatou que Gilmar organizou uma “caravana” de religiosos para encontrar Bolsonaro.

Na quarta-feira, a Controladoria-Geral da União (CGU) afirmou que encontrou indícios da prática de crimes na oferta de propina para liberar recursos do MEC, mas disse que não encontrou irregularidades por parte de agentes públicos. O órgão disse que a apuração foi concluída no último dia 3 de março e que sugeriu o encaminhamento do caso à Polícia Federal.

A nota da CGU foi divulgada depois que o Milton Ribeiro anunciou que havia solicitado ao órgão uma apuração sobre as suspeitas de que os dois pastores atuariam irregularmente para liberar recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A CGU, entretanto, não cita nominalmente os pastores nem relata detalhes sobre a investigação, que foi feita sob sigilo.

Ribeiro entrou em contradição sobre o suposto pedido de Bolsonaro para que encontrasse os pastores. Em uma entrevista, afirmou que o presidente fez o pedido. Entretanto, em outra entrevista, logo depois, negou que a solicitação tenha ocorrido.

Em nota divulgada na quarta, Gilmar negou que tivesse qualquer poder sobre a agenda ou as verbas do ministério e chamou de falácias as acusações de que teria recebido vantagens indevidas ou que tenha qualquer poder sobre o ministro Milton Ribeiro.

A informação é do site Extra.

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