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Cirurgia de Bolsonaro foi complexa, e recuperação será lenta, diz médico

A intervenção de ontem foi uma das “mais complexas” às quais o ex-presidente se submeteu desde a facada, em 2018

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A cirurgia de 12 horas em Jair Bolsonaro (PL) ontem foi “extremamente complexa”, e a recuperação será lenta, segundo a equipe médica que está acompanhando o ex-presidente em Brasília.

O que aconteceu

A intervenção de ontem foi uma das “mais complexas” às quais o ex-presidente se submeteu desde a facada, em 2018. Segundo o cardiologista que acompanha Bolsonaro, Leandro Echenique, o resultado final foi “excelente”. A equipe médica que fez a intervenção deu uma coletiva de imprensa na manhã de hoje para atualizar o estado de saúde do ex-presidente.

Médicos relataram ter encontrado a parede abdominal de Bolsonaro “bastante danificada”. “O presidente tinha um abdômen hostil, com muitas cirurgias prévias, aderências causando um quadro de obstrução intestinal. Uma parede abdominal bastante danificada em função da facada e das cirurgias prévias”, disse Cláudio Biroloni, chefe da equipe médica.

As aderências, explicou o médico, são comuns em que já passou por cirurgia abdominal. “Se você abrir o abdômen de alguém que nunca teve cirurgia, o intestino é todo soltinho. Em quem já foi operado quatro, cinco, seis vezes, as alças intestinais ficam todas agrupadas”, disse. Grande parte das aderências não causa nenhum problema, mas há casos em que elas levam ao que ele chama de suboclusão intestinal, como ocorreu com o ex-presidente.

Bolsonaro está em quarto de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e não tem previsão de alta. Segundo os médicos, o ex-presidente precisará de “cuidados muito específicos” no pós-operatório devido à duração do procedimento de ontem.

As 48 horas após a cirurgia são as mais críticas. Há risco de infecções e trombose porque o organismo pode dar respostas inflamatórias “muito importantes”, disse Birolini.

Superada essa etapa, Bolsonaro terá evolução lenta. O médico disse que é preciso esperar o intestino desinflamar e, neste primeiro momento, haverá nutrição por meio da veia.

A cirurgia de 12 horas foi a mais longa feita pelo ex-presidente desde 2018, quando levou uma facada. Echenique já havia adiantado no sábado que o procedimento seria de grande dimensão. Ele observou que o abdômen do ex-presidente já havia sido “muito manipulado” nas seis cirurgias anteriores.

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