Brasil
China ressalta união com o Brasil e mostra interesse por produtos como café e açaí
Posts da embaixada da China têm celebrado a chegada de novos produtos e marcas brasileiras ao mercado chinês.

Enquanto os Estados Unidos taxam as exportações brasileiras, os chineses fazem questão de mostrar que estão dispostos a comprar mais do país. Em meio ao tarifaço de 50% imposto aos produtos brasileiros pelo presidente Donald Trump, a China tem se esforçado para estreitar laços comerciais com o Brasil.
O país liderado por Xi Jinping também está no alvo do presidente americano, embora tenha ganhado mais tempo para negociar um acordo comercial com a maior economia do mundo.
Um sinal desse esforço de se mostrar uma alternativa econômica para o Brasil pode ser visto no perfil da Embaixada da China na plataforma X, o antigo Twitter. No momento em que empresas que exportam para os EUA precisarão buscar novos mercados, posts da embaixada têm celebrado a chegada de novos produtos e marcas brasileiras ao mercado chinês.

O recado foi escrito na manhã desta quarta-feira (6) em mandarim no perfil da rede X da Embaixada da China no Brasil: “A união faz a força!”.
No dia 2 de agosto, enquanto produtores de café brasileiros sofriam com a exclusão do produto da lista de exceções do decreto do tarifaço de Trump, o perfil da embaixada destacou que Pequim credenciou 183 produtores de café brasileiro como exportadores para o mercado chinês. A medida entrou em vigor no último dia 30 e tem validade de 5 anos.
Consumo de café
Dias antes, o perfil já havia apontado o crescimento do consumo de café na china e o aumento das importações do produto pelo país entre 2020 e 2024. O post apontou o potencial de crescimento desse mercado na China: “O consumo per capita ainda é de apenas 16 xícaras/ano, frente à média global de 240. E ainda arrematou: “O café vem conquistando espaço no dia a dia dos chineses”.
No mesmo dia, o perfil exaltou o credenciamento de mais 30 empresas brasileiras para exportar gergelim para a China por quatro anos, totalizando 61 habilitadas. A medida é atribuída ao protocolo de cooperação assinado pelos presidentes Lula e Xi Jinping em Brasília no ano passado.
No dia 5 de agosto, um vídeo mostrava o crescimento de parcerias comerciais entre China e Brasil, como a chegada de empresas de entregas chinesas ao mercado nacional e as vendas de café no país asiático: “E a ponte é de mão dupla: o Brasil também está marcando presença na China, com o queridíssimo café brasileiro”.
Os postos chineses chamaram a atenção dos americanos, que estão preocupados com a taxação do café do Brasil, o principal fornecedor do grão para os EUA até agora. O site da CNN americana destacou a propaganda chinesa no perfil da embaixada brasileiras do país e lembrou que, em 2024, o Brsil respondeu sozinho por 30,7% de todo o café importado pelos EUA. O país liderado por Trump, que o veículo chama de “uma nação de bebedores de café”, é o maior importador global do grão.
Açaí
Outro símbolo das exportações do Brasil, o açaí é protagonista de um post feito ontem, no qual a embaixada celebra o avanço das vendas da iguaria em solo chinês: “Açaí conquista paladares na China! Já disponível em cidades como Beijing, Shanghai, Shenzhen e Guangzhou, a superfruta amazônica ganha espaço nas lojas de bebidas, atraindo consumidores chineses pelo sabor único e benefícios à saúde”.
A China também flexibilizou as regras para compra de aeronaves do Brasil, um processo que estava em curso, mas que autoridades brasileiras acreditam que tenha sigo agilizado com o tarifaço sobre o Brasil. Embora a Embraer tenha tido seus aviões isentos da sobretaxa de 40% por razões políticas, ainda está sujeita aos 10% de “tarifa recíproca” que Trump havia anunciado para o Brasil em abril.
Em 31 de julho, foram 46 empresas exportadoras de farinhas de aves e suínos habilitadas para o mercado chinês, segundo postou a embaixada.
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