Brasil
Carne e soja brasileiras são maiores responsáveis pelo desmatamento global, diz consultoria
Já o plantio de soja no Brasil foi responsável, entre 2001 e 2015, por 61% de todo o desmatamento global, segundo o Boston Consulting Group
Um relatório divulgado nesta semana pelo Boston Consulting Group (BCG) revela que a produção brasileira de carne e soja está entre as sete maiores responsáveis pelo desmatamento global, tendo impacto em cerca de 123 milhões de hectares de florestas entre os anos de 2001 e 2015.
Para ilustrar os números, isso significa que o Brasil desmatou mais de 120 milhões de campos de futebol ao longo de 14 anos. Segundo o levantamento, as commodities que mais contribuíram para esse resultado foram: carne, óleo de palma, soja, cacau, café, borracha e madeira.
A criação de gado desponta como a principal causa histórica do desmatamento no Brasil. O país foi responsável, entre 2001 e 2015, por 48% do desmatamento global motivado pela produção de bois. Em comparação com as demais commodities, é o setor que encontra-se mais atrasado em comprometimentos ambientais. “E o mais incipiente na certificação da origem de seu produto, a carne”, diz o estudo.
Já o plantio de soja no Brasil foi responsável, entre 2001 e 2015, por 61% de todo o desmatamento global, tendo em vista o forte crescimento da produção da leguminosa no país nesse período. Ela é a terceira commoditie que mais motiva o desflorestamento no mundo, atrás apenas da carne e do óleo de palma.
Para reverter o impacto dessas atividades sobre os ecossistemas, na avaliação do BCG, as empresas líderes de cada commoditie no país precisam fomentar uma mudança sustentável em seus setores. “É crítico também reportar o avanço dos compromissos de sustentabilidade assumidos, prática de apenas entre 41% a 46% das grandes empresas em todo o mundo”, afirmou.
Além disso, a empresa aponta que, no Brasil, uma das medidas mais importantes seria a “melhoria da rastreabilidade dos produtos desde a sua origem, garantindo a sustentabilidade em todas as etapas produtivas”.
A informação é do site Metrópoles.
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