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Brasil tem mais 915 óbitos e total de mortes por Covid-19 sobe para 182.854

O País registrou também mais 44.849 casos da doença, nesta terça-feira (15), elevando para 6.974.258 o número de pessoas infectadas: média de mortes nos últimos sete dias foi de 667.

O Brasil registrou 915 mortes pela Covid-19 e 44.849 casos da doença, nesta terça-feira (15). Com isso, o País chegou a 182.854 óbitos e a 6.974.258 de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.

Trata-se do maior registro de mortes desde 12 de novembro (926), momento em que os dados sofriam com oscilações e represamento (o que levava a números muito elevados ou muito baixos) devido a problemas no sistema do Ministério da Saúde após um ataque cibernético.

Antes disso, um número tão alto de mortes só havia sido registrado em 16 de outubro, com 967 óbitos.

Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 667, aumento de 27% em relação a 14 dias atrás. O País vem em uma tendência de alta de mortes, com média móvel acima de 600 óbitos todos os dias desde a última segunda-feira (7), o que não ocorria desde o começo de outubro.

Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S.Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Todas as regiões apresentam aumento da média móvel de mortes em relação a 14 dias atrás. Somente o Norte tem situação estável (com 10% de aumento).

Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins estão em alta da média móvel de mortes, também em relação a 14 dias atrás.

Piauí, Rio de Janeiro e Sergipe estão em estabilidade. Os demais quatro estados apresentam queda.

O Brasil tem uma taxa de 87,3 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (302.689 ), e o Reino Unido (65.006), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 92,7 e 97,8 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (109), país com 65.857 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.

O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 114.298 óbitos, tem 90,6 mortes para cada 100 mil habitantes.

Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 114,9. O país tem 36.754 óbitos pela Covid-19.

A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 143.709 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 10,6 óbitos por 100 mil habitantes.

Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 92,2 mortes por 100 mil habitantes (41.041 óbitos).

Já o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (15) aponta 42.889 novos casos confirmados de Covid-19 nas últimas 24h, com 964 mortes. Com esses dados, o total registrado no balanço federal chega a 6.970.034 casos e 182.799 mortes desde o início da epidemia no país. O balanço não inclui dados do Amapá, que teve problemas no envio dos dados, informa a pasta.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​​​​​​


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