Brasil
Black Friday: golpistas intensificam ataques durante a madrugada, aponta pesquisa da Serasa Experian
Estudo mostra que apesar das compras se concentrarem durante o dia, é entre 0h e 2h que a taxa de ataques de golpistas dobra.
Apesar de o pico de compras durante a Black Friday ocorrer à tarde, é na madrugada que os golpistas entram em ação, aponta um estudo da Serasa Experian. Segundo o levantamento, no ano passado, as ações criminosas dobraram entre 0h e 2h.
O estudo mostra que as compras se concentraram entre 10h e 23h, com pico entre 13h e 14h, quando o fluxo ultrapassou 300 mil pedidos por hora. No entanto, é entre 0h e 2h, quando o volume cai para 65 mil compras por hora, que a taxa de ataques dobrou, atingindo 2% às 3h da manhã — o dobro da média diária.
Embora a Black Friday faça referência à sexta-feira, a análise considerou o período de 28 de novembro a 1º de dezembro de 2024. Nesse intervalo, segundo a pesquisa, o dia 29 de novembro, uma sexta-feira, foi o mais visado pelos criminosos — repetindo o padrão de 2023, quando o pico também ocorreu em uma sexta, no dia 24 de novembro.
O estudo foi realizado a partir do monitoramento de 5,2 milhões de transações, que movimentaram R$ 3,5 bilhões em vendas no período. Ao todo, foram interceptadas 32,4 mil tentativas de golpe digital, que poderiam ter causado R$ 51,8 milhões em prejuízos a empresas e consumidores.
O diretor da Serasa Experian, Rodrigo Sanchez, explica que os fraudadores se antecipam ao pico das promoções para explorar distrações e brechas.
— Os criminosos seguem o movimento do consumidor, quando ele acelera, eles também. O segredo está em antecipar o risco, e não apenas reagir a ele — diz.
Durante o período analisado, a Geração Y liderou as compras, com mais de 2 milhões de transações, e foi alvo da maior fatia das tentativas de fraude (29,8%). Em um recorte por gênero, embora as mulheres tenham feito mais compras, a taxa de tentativas de golpe foi mais alta entre os homens.
Em relação às regiões do país, o Sudeste respondeu pela maior parcela do e-commerce nacional, com 3,1 milhões de compras, das quais 0,6% foram bloqueadas antes de gerar prejuízo — o equivalente a R$ 30,4 milhões poupados. Já o Norte, com 130 mil pedidos, registrou a maior taxa proporcional de tentativas de fraude (1,04%), o que representa cerca de R$ 2 milhões evitados.
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