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Brasil

Belém recebe líderes para 1ª cúpula do clima na Amazônia

Chefe da COP30 ainda vê obstáculos para avanços significativos

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Foto: Ricardo Stuckert/PR

Líderes mundiais se reúnem a partir desta quinta-feira (6) em Belém, no Pará, na primeira cúpula do clima realizada na Amazônia, para um encontro de dois dias que antecede a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30.

O evento principal ocorrerá de 10 a 21 de novembro – também na capital paraense -, reunindo as partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas em um momento simbólico, que marca 20 anos da entrada em vigor do Protocolo de Kyoto e uma década da adoção do Acordo de Paris, mas, antes disso, líderes do mundo todo estarão em Belém em 6 e 7 de novembro para discutir o combate ao aquecimento global.

O governo brasileiro confirmou na semana passada a participação de 143 delegações, sendo 57 encabeçadas por chefes de Estado e de governo, além de 39 ministros e representantes de diversas organizações internacionais. Enquanto isso, Belém, que corre contra o tempo para finalizar os preparativos, deve receber nas próximas semanas mais de 50 mil visitantes, incluindo 15 mil representantes de movimentos sociais que participarão da programação paralela da Cúpula dos Povos.

A agenda da cúpula de líderes vai até sexta-feira (7) e prevê uma sessão plenária e reuniões temáticas dedicadas a florestas e oceanos, transição energética e aos 10 anos do Acordo de Paris, focando nas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs) – os compromissos de cada país para reduzir emissões de gases de efeito estufa – e no financiamento climático.

O programa também inclui um almoço de boas-vindas para apresentar o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), iniciativa impulsionada pelo Brasil para remunerar países que preservam a natureza.

Entre os resultados esperados dos dois dias de trabalhos estão a Declaração de Lançamento do TFFF, o Apelo à Ação sobre Gestão Integrada de Incêndios, o Compromisso de Belém sobre Combustíveis Sustentáveis e a Declaração sobre Fome, Pobreza e Ação Climática.

O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, admitiu em coletiva de imprensa que ainda há muitos obstáculos a superar para alcançar progressos significativos nas metas globais de redução de emissões. Até o fim de outubro, pouco mais de 60 países – responsáveis por cerca de 30% das emissões globais – haviam apresentado à ONU suas novas NDCs, conforme estabelecido pelo Acordo de Paris.

Mas os objetivos apresentados são considerados pouco ambiciosos, especialmente no caso de grandes poluidores, como a China. O presidente Lula vem insistindo que esta deve ser a “COP da verdade”, conclamando os países ricos a assumir compromissos concretos no combate ao aquecimento global.

Paralelamente, o Brasil atualizou sua NDC em 2024, comprometendo-se a reduzir entre 59% e 67% de suas emissões líquidas de CO2 até 2035, em comparação com os níveis de 2005.

Com informações do site Terra


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