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Amazonas

Vigilante e outros trabalhadores da saúde fazem protesto contra governo do Amazonas na Aleam por causa de salários atrasados há 10 meses

A crise se arrasta porque, segundo os manifestantes, a empresa Locati não recebe pagamentos do governo estadual e também não apresenta os documentos exigidos para regularização da folha.

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Vigilantes da empresa Locati Segurança e outros trabalhadores da saúde estiveram na Assembleia Legislativa do Amazonas (Alem) nesta terça-feira (22/04) para cobrar o pagamento de salários que, segundo eles, estão atrasados há mais de 10 meses, junto com vale-alimentação e vale-transporte. Alguns dele disseram que estão sendo ameaçados de despejo, passando fome e até correndo risco de prisão por não conseguirem pagar pensão alimentícia.

Durante a manifestação, o vigilante Jadson Ribeiro afirmou: “Estamos há quase um ano sem receber. Já é a terceira vez que venho na Aleam. Estamos aqui porque precisamos sobreviver”.

O presidente do Sindicato dos Vigilantes, José Ribamar de Souza disse que os trabalhadores estão passando necessidade. “Tem vigilante com criança em casa sem ter o que comer. Isso é desumano”, declarou.

A crise se arrasta porque, segundo os manifestantes, a empresa Locati não recebe pagamentos do governo estadual e também não apresenta os documentos exigidos para regularização da folha.

O deputado estadual Wilker Barreto, da tribunal da Aleam, perguntou: “Se esta empresa receber, qual a garantia de que vai repassar para o trabalhador?”. Segundo ele, a situação é caóticoa e preocupante. “Não é somente com os terceirizados. Essa é a realidade do Amazonas. Na televisão, é um mundo de fantasia do governador. Aqui na Assembleia, é o dia a dia de um estado que erra muito mais do que acerta”, disse.

Wilker também anunciou que vai formalizar denúncia contra a secretária estadual de Saúde, Nayara Maksoud. “Se tem contratos que não estão sendo cumpridos, isso configura um crime de improbidade. A despesa da saúde está aumentando e o serviço só piora. Estou denunciando ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas para que tomem as medidas cabíveis”, afirmou o parlamentar.

A manifestação foi marcada por gritos de “queremos respeito”, “salário é direito” e um apelo por dignidade. Denisson Vilar, uma das lideranças do movimento, disse que a situação é resultado da terceirização sem fiscalização. “Vamos continuar mobilizando a população. A luta é por justiça””, declarou.

Esse não é o primeiro protesto de trabalhadores da Locati. Em dezembro de 2023, houve manifestação em frente à Secretaria da Fazenda (Sefaz), pelos menos motivos. Segundo o Portal da Transparência do Estado, a empresa recebeu, entre 2022 e 2023, 48,2 milhões em contratos com o governo. Neste ano de 2025, a empresa já recebeu R$ 1,5 milhão da Secretaria de Saúde. Em 2024, foram R$ 11,7 milhões.


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