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Amazonas

Vice-governador diz que governador Wilson Lima deu as costas à população

Carlos Almeida disse que não se mistura com quem pratica o errado

Wilson Lima e Carlos Almeida caminharam juntos até maio de 2020

Por meio das redes sociais nesta quinta-feira (29/04), o vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida (PTB), ao se defender das denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no Superior Tribunal de Justiça (STJ), atacou o ex-aliado, governador Wilson Lima (PSC), e destacou que o chefe do Executivo virou às costas para o povo amazonense.

Carlos Almeida justificou o motivo de ter abandonado o arco de alianças do governador Wilson Lima e disse que não iria permanecer no Governo do Amazonas com pessoas de condutas suspeitas. “Não me misturo com quem pratica o errado, e é por isso que rompi, em maio do ano passado, com o líder que deu as costas à população. Me recuso a fazer parte de uma quadrilha que só faz prejudicar o povo amazonense e o Brasil”, declarou o vice-governador em nota pública.

Almeida declarou que o Amazonas ganhou destaque negativo na imprensa internacional em razão do despreparo do governador Wilson Lima no comando da administração pública. “O Amazonas vive um caos que nos coloca nas páginas dos noticiários internacionais. Tal desastre só ocorre pela notória falta de compromisso, conhecimento e espírito público. O cenário responsável pela morte e sofrimento de milhares de amazonenses, só foi possível pelo escandaloso despreparo e conluio do governador”, acusou Carlos Almeida.

O vice-governador disse ainda que, após romper com o seu ex-aliado, foi perseguido por pessoas (não as nominou) até mesmo na vice-governadoria, onde chegou a ver ex-assessores serem demitidos. “Fui sucessivamente perseguido e ridicularizado, tendo minha equipe de apoio exonerada com o objetivo de constranger minhas boas ações e meu legado. Meu nome foi riscado de placas, meus projetos enterrados e deturpados. As categorias que defendo foram perseguidas e prejudicadas, minha família foi atacada, e ainda tive de lutar contra uma conspiração dos envolvidos, uma trama sórdida, a me imputar responsabilidades que a Polícia Federal identificou como sendo do próprio governador”, pontuou o vice-governador.

Denúncias
Carlos Almeida classificou como infundadas as denúncias da PGR que o incriminam juntamente com o governador Wilson Lima e mais 16 pessoas, suspeitas de participarem de crimes durante a pandemia da Covid-19, no Amazonas. “Em um Inquérito de 448 páginas, a Polícia Federal, uma das Instituições mais respeitadas do país, conclui que inexistem elementos que impliquem em minha participação em quaisquer dos ilícitos da Operação Sangria, não promovendo, portanto, meu indiciamento. Agora, a Procuradoria Geral da República, em um gesto incoerente e infundado pelos autos do processo, me inclui na denúncia que envolve o esquema criminoso de fraude na compra de respiradores. Jamais participei, cooptei ou me associei a qualquer ilícito. Meus princípios e minha história fizeram me afastar completamente deste governo e de suas práticas, há quase um ano”, justificou o vice-governador, destacando que não é cúmplice de ninguém.

“Não sou criminoso, nem cúmplice de ninguém. As inúmeras páginas do rumoroso processo, que hoje já se tornaram públicas, pelo notório vazamento seletivo, dão, inclusive, demonstração clara disso”, completou Almeida.

Na segunda (26), a subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo denunciou Wilson Lima e o vice-governador Carlos Almeida (PTB), o secretário-chefe da Casa Civil, Flávio Antony Filho, o ex-secretário de Saúde Rodrigo Tobias e outras 15 pessoas, entre servidores públicos e empresários. Todos são suspeitos de terem cometido crimes na compra de respiradores para pacientes contaminados com a Covid-19. A PGR calcula que os prejuízos aos cofres públicos somam R$ 2.198.419,88.

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