Vazante do rio Negro já é a segunda maior registrada, aponta medição do Porto de Manaus

O nível do rio Negro, em Manaus, alcançou a cota de 13,19 metros nesta segunda-feira, dia 30/09, a segunda menor já registrada em 121 anos de medição, e ficou a 49 centímetros (CM) da maior vazante, a de 2023, quando alcançou 12,70 metros, segundo informações do Porto de Manaus.

O Negro registrou a maior vazante no dia 26 de setembro do ano passado (2023), de acordo com a medição do Porto de Manaus.

As cotas do rio Negro vem sendo medidas, diariamente, desde setembro de 1902. O presente trabalho baseou-se em dados colhidos entre os anos de 1903 a 1999. As cinco maiores vazantes aconteceram em: 2023 (12.70m), 1963 (13,65m), 1906 (14,20m), 1997 (14,34m), 1916 (14,42m) e 1926 (14,54m).

As cinco maiores diferenças alcançadas em um mesmo ano entre as cotas máximas e mínimas aconteceram em: 1997 (14,62m), 1909 (14,13m), 1953 (12,62m), 1952 (12,44m) e 1916 (12,21 m) e as menores aconteceram em: 1912 (05,45m), 1968 (06,10m), 1985 (06,53m), 1974, (06,62m) e 1986 (06,74m).

De acordo com o 39º Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Amazonas do Serviço Geológico do Brasil (SGB), divulgado sexta-feira (27/09), na última semana o rio Negro desceu uma média diária de 7 cm em São Gabriel da Cachoeira e Barcelos. Já em Tapuruquara (Santa Izabel), manteve os declínios na ordem de 9 cm.

Em Manaus, o Negro apontou descidas diárias médias de 19 cm e os níveis registrados nos últimos dias são considerados os menores para o mês de setembro da série de dados deste posto.

Ao longo da semana, o rio Branco, um dos maiores afluentes do Negro, apresentou comportamento de vazante, com descidas médias diárias de 7 cm em Boa Vista e 8 cm em Caracaraí, em Roraima.

O Boletim do SGB informou que o rio Solimões em Tabatinga continuava apresentando descidas menores e no registro mais recente voltou a subir, contudo os níveis são considerados muito baixos para o período e com mínimas da série registrada nesta semana (cota de -229 cm em 27/09/2024).

O rio Solimões registrou declínios menores nas estações mais a jusante, a exemplo de Fonte Boa que desceu uma média diária de 3 cm e 11 cm em Itapéua (Coari), onde os níveis registrados são os menores destes postos de monitoramento.

Já em Manacapuru, o Solimões manteve as decidas na ordem de 20 cm ao dia.

O rio Acre em Rio Branco (AC), segundo o SGB, iniciou a semana com elevações, mas voltou a descer nos últimos dias, onde os níveis são considerados muito baixos para a época.

O rio Purus em Beruri (AM) apontou descidas diárias na ordem de 17 cm, onde as cotas registradas (400 cm em 27/09/24) são as mais baixas da série de dados.

Ao longo da semana, diz o SGB, o rio Madeira apresentou oscilações e pequenas subidas nos registros mais recentes, mas os níveis são considerados muito baixos para o périodo, os menores da série de dados em Porto Velho,emRondônia, (25 cm em 23/09/24) e Humaitá, no Amazonas (807 cm em 27/09/24).

O rio Amazonas seguia em recessão, apresentando nos últimos dias descidas médias diárias na ordem de 18 cm em Itacoatiara, 16 cm em Parintins (AM) e 17 cm em Óbidos (PA), registrando níveis muito baixos para o período nestas estações.

Veja o ranking das maiores vazante do rio Negro, conforme dados do Porto de Manaus:

12,70 (2023)
13,19 (medição do dia 39/09/2023)
13,63 (2010)
13,64 (1963)
14,2(1906)
14,34 (1997)
14,42 (1916)
14,54 (1926)
14,74 (1958)
14,75 (2005)
14,97 (1936)
15,03 (1998)
15,04 (1909)
15,06 (1995)
15,62 (1915)
15,69 (1948
15,74 (1950)
15,86 (2009)
15,92 (2015)
15,96 (1961 e 2012)

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