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Amazonas

Um ano após 1º caso e 10 mil mortes, governador do AM anuncia Comitê Científico para enfrentar Covid-19

O Comitê, que deveria ter sido instalado logo no início da pandemia, é formado por pesquisadores de instituições locais, de outros estados e da da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Faltando pouco mais 10 dias para fazer um ano do registro do primeiro caso de Covid-19 no Estado, dando início à pandemia que já matou 10.938 pessoas e infectou outras 316.668, segundo os dados oficiais da última segunda-feira (01/03), o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), anunciou, nesta terça-feira (02/03), a formalização do Comitê de Assessoramento Científico Externo para auxiliar no enfrentamento da doença.

O Comitê, que deveria ter sido instalado logo no início da pandemia, é formado por pesquisadores de instituições locais, de outros estados e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que devem auxiliar o Estado no enfrentamento da pandemia, com estudos sobre a transmissibilidade e letalidade da variante P1, predominante entre as cepas do novo coronavírus circulantes no Amazonas, e os impactos da vacinação contra a Covid-19.

Os resultados obtidos pelo novo comitê, segundo o governo, vão orientar a tomada de decisões do Governo do Estado. Durante apresentação dos trabalhos do grupo, em reunião na sede do Governo, na zona oeste de Manaus, o governador destacou que o decreto formalizando o comitê será publicado no Diário Oficial do Estado (DOE).

Segundo o governador, os trabalhos dos pesquisadores do comitê vão além da análise de indicadores: “Há uma necessidade de fazer um entendimento da doença avaliando não apenas os números frios que são apresentados, mas na realidade do que acontece no dia a dia, entendendo todo o ciclo, desde a assistência à vacinação, o perfil dos infectados e o trabalho de campo, tanto na capital quanto no interior, para que a gente possa ter um diagnóstico cada vez mais preciso sobre o comportamento dessa doença e de que maneira a nossa assistência em saúde, a nossa comunicação, e os entes envolvidos devem agir para poder orientar as pessoas”.
Os trabalhos do comitê já começaram e 12 estudos estão em andamento, informou o coordenador do grupo, Bernardino Albuquerque, pesquisador da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD).

“O decreto é extremamente importante, até porque consolida, de uma forma oficial, o comitê. Nós estamos trabalhando com o corpo de pesquisa em nível local, e as instituições como o FMT, a própria FVS (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas), Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz/AM, SP, MS), Ufam (Universidade Federal do Amazonas), UEA (Universidade do Estado do Amazonas) compõem esse comitê”. Além das instituições citadas, a Opas e outras universidades também integram o comitê.

Primeiro caso

O primeiro caso de Covid-19 no Estado foi confirmado em 13 de março de 2020, uma mulher de 39 anos, com histórico de viagem recente a Londres (Inglaterra). Na época, o governo do Amazonas informou que estava preparado para monitorar e atender os doentes. O então secretário de Estado de Saúde, Rodrigo Tobias de Sousa, informou que todas as medidas de vigilância e de preparação da rede de assistência, na capital e no interior, que já tinham sido adotadas, foram revisadas e aprovadas pelo Ministério da Saúde (MS).

No dia 24 de março de 2019, O Amazonas registrou a primeira morte pelo novo coronavírus. A vítima era um homem de 49 anos que, após ser identificado com a Covid-19, foi transferido de Parintins para Manaus e internado no hospital Delphina Aziz. Geraldo Sávio era hipertenso e contraiu a doença em um evento de pescadores, em Manaus, que reuniu pessoas de vários locais do país. Na quele diz, o Amazonas já somava 47 casos, segundo a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS).

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