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Amazonas

Taxa de jovens que não estudavam nem trabalhavam no Amazonas chegou a 27,5% em 2021, diz IBGE

O total de jovens que não estudavam nem estavam ocupados chegou a cerca de 180 mil no Estado.

Em 2021, 27,5% das pessoas de 15 a 29 anos de idade no Amazonas não estudavam nem estavam ocupados, de acordo com dados da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada no último dia 2 de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa faixa etária, de acordo com projeções do IBGE, corresponde a cerca de 15% da população de 4,35 milhões de habitantes do Amazonas, ou cerca de 650 mil pessoas. O total de jovens que não estudavam nem estavam ocupados chegou a cerca de 180 mil. O índice do Amazonas ficou acima da média nacional de 25,8%.

O indicador do IBGE inclui os jovens que não estudavam e estavam desocupados (que buscavam uma ocupação e estavam disponíveis para trabalhar) e aqueles que não estudavam e estavam fora da força de trabalho, ou seja, que não tomaram providências para conseguir trabalho ou tomaram e não estavam disponíveis. Esse indicador é uma medida mais rigorosa de vulnerabilidade juvenil do que a taxa de desocupação, pois abrange aqueles que não estavam ganhando experiência laboral nem qualificação, possivelmente comprometendo suas possibilidades ocupacionais futuras.

O percentual médio desses jovens para o País (25,8%) dividiu as unidades da federação em dois grupos: os das Regiões Norte e Nordeste com percentuais acima da média nacional (com exceção de Rondônia) e os das Regiões Sul, Sudeste e Centro- -Oeste com percentuais abaixo da média nacional (com exceção do Rio de Janeiro). Destaque para Maranhão e Alagoas com os maiores percentuais de jovens que não estudavam nem estavam ocupados (37,7% e 36,6%, respectivamente) e para Santa Catarina e Paraná com os menores percentuais em 2021 (12,2% e 17,9%, respectiva- mente) (Gráfico 23).

“No primeiro ano de pandemia houve queda no grupo de jovens que estavam ocupados e essa queda não foi compensada pelo aumento no percentual dos jovens que só estudavam. Portanto, houve um aumento no número de jovens que não estudam e nem estão ocupados. Apesar da leve recuperação observada em 2021, essa condição continua afetando mais de 1 ⁄ 4 dos jovens de 15 a 29 anos”, explica Betina Fresneda, analista do IBGE.

Brasil

Apesar da queda frente a 2020, primeiro ano da pandemia, o número de jovens que não estudavam nem estavam ocupados foi de 12,7 milhões em 2021, o que corresponde a 25,8% das pessoas de 15 a 29 anos de idade. Deste montante, 41,9% eram de mulheres pretas ou pardas, 24,3% de homens pretos ou pardos, 20,5% de mulheres brancas e 12,5% de homens brancos. Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada hoje (02) pelo IBGE.

Uma análise do grupo etário de 18 a 24 anos de idade, faixa comparável com outros países membros e parceiros da OCDE, evidencia que, em 2020, não estar ocupado nem estudar se tornou a situação mais comum entre os jovens adultos no Brasil. O percentual dos jovens que não estudavam nem estavam ocupados passou de 29,3% em 2019, para 34,1% em 2020, ultrapassando o percentual de jovens adultos em qualquer outra situação de atividade. Em 2021, o percentual de jovens de 18 a 24 anos que não estudavam nem estavam ocupados permaneceu elevado, em 31,1%.

Esses resultados diferem dos divulgados para a maioria dos países presentes na publicação Education at a glance de 2021. Os jovens conseguiram aproveitar o primeiro ano da pandemia para estudar. Exceção feita por alguns países, como Brasil, Colômbia, Canadá e Estados Unidos, que experimentaram aumentos significativos nessa parcela de jovens. Além disso, em relação a todos os membros e parceiros da OCDE, somente África do Sul e Colômbia possuíam percentual de jovens adultos que não estudavam nem estavam ocupados superiores ao brasileiro em 2020.

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