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Amazonas

Taxa de endividamento das famílias na Região Norte permaneceu em 69,6% em 2021, aponta pesquisa da CNC

No ano passado, o endividamento das famílias brasileiras bateu recorde, com uma média de 70,9%.

O endividamento das famílias da Região Norte em 2021 permaneceu com mesmo índice de 2020 – 69,6% – de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

No ano passado, o endividamento das famílias brasileiras bateu recorde, com uma média de 70,9%. Na comparação com 2020, o crescimento foi de 4,4 pontos percentuais, o maior aumento registrado nos últimos 11 anos, quando começou a série histórica.

Comparativamente a 2020, no ano passado o endividamento aumentou nas regiões Nordeste (+4,5 pp), Sudeste (+5,9 pp) e Sul (+5,5 pp), manteve-se estável entre as famílias do Norte (+0,0 pp), e diminuiu no Centro Oeste (-0,3 pp).

Regionalmente, os indicadores de inadimplência apresentaram pequeno aumento no Norte e no Nordeste (exceto a queda de 0,9 pp na proporção dos que afirmam não ter condições de pagar), e queda nas demais regiões, Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

O nível de endividamento médio das famílias brasileiras em 2021 teve incremento nas duas faixas de renda pesquisadas, destacadamente entre as famílias com mais de 10 salários de rendimentos mensais. O endividamento entre as regiões destacou- se no Sul, onde aproximou-se de 82%, em média, sendo que a taxa de crescimento no ano foi mais expressiva no Sudeste (+5,9 pontos percentuais), região com mercado de trabalho maior e grande presença da informalidade.

Apesar do aumento do endividamento, os indicadores de inadimplência das famílias apresentaram uma queda na média anual. Segundo o levantamento, 25,2% das famílias afirmaram estar com contas em atraso, 0,28 pontos percentuais a menos que no ano anterior, quando 25,5% dos entrevistados faziam parte desse grupo.

Ainda segundo o levantamento, dentro das categorias de dívidas, o uso do cartão de crédito chegou a 82,6%, sendo o principal tipo de endividamento, e também o maior número na média histórica. Em segundo lugar, vêm os carnês, sendo usado por 18,1% dos entrevistados, seguido por financiamento de carro, com 11,6% e financiamento de casa, com 9,1% dos entrevistados.

Segundo a pesquisa, a composição das dívidas das famílias brasileiras apresentou algumas disparidades entre as faixas de renda. O cartão de crédito é o primeiro nas duas faixas de renda, no entanto, na faixa de menor poder aquisitivo, os carnês de estabelecimentos foram o segundo mais citados entre os tipos de dívidas.

Já para a faixa de renda acima de 10 salários, as modalidades de longo prazo, ou seja, os financiamentos de carro e de casa, ocuparam o segundo e o terceiro lugares, respectivamente.