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Amazonas

Sob chuva, funcionários públicos do Amazonas protestam contra atraso em salários

Os servidores estão denunciando as mazelas da Educação e repudiando a decisão do governador de atrasar salários de novembro para dezembro e de dezembro para janeiro de 2020.

Mesmo com a forte chuva na manhã desta terça-feira, servidores públicos da área de educação iniciaram, um protesto contra a decisão anunciada pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) de atrasar os pagamentos do décimo terceiro e dos salários de novembro e dezembro dos funcionários públicos. O ato público foi convocado para a frente à sede do governo, no bairro Compensa, em Manaus.

Os servidores estão denunciando as mazelas da Educação e repudiando a decisão do governador que, em pronunciamento, divulgou calendário de pagamento dos salários dos servidores retardando o salário de novembro para dezembro e de dezembro para janeiro de 2020.

Na última sexta-feira, após Wilson Lima anunciar que o Estado vai atrasar o pagamento dos salários de novembro e dezembro, representantes de servidores públicos do Estado se manifestaram contra a medida. Segundo eles, a decisão vai prejudicar milhares de pais de família que não conseguirão planejar o fim de ano de 2019 e o começo de 2020, pois foram surpreendidos pelo anúncio governamental.

O governo do Estado reforçou a segurança da Polícia Militar na manifestação, na sua sede, em Manaus.

O presidente do Movimento Único dos Servidores Públicos (Mup), Lambert Melo, chamou o anúncio dos atrasos de salários de “traição do governador”, que segundo ele, teve apoio eleitoral de várias categorias do funcionalismo. ““O governador não se dignou sequer a dar uma satisfação, a ter a honradez de dar uma explicação para a sociedade. Parece mesmo apenas a vontade de fazer maldade com o servidor. Coloca o serviço público como bode expiatório da má gerência do Estado”, disse.

O presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar do Amazonas (Apeam), Gerson Feitosa, disse que os atrasos nos salários vão implicar em prejuízo direto na matrícula das escolas, na compra de material escolar e em pagamentos de dívidas de impostos como o IPVA. Segundo ele, “é deplorável que as finanças do Estado tenham chegado a esse nível em tão pouco tempo”, de não pagar os salários e, ainda por cima, gastar milhões em festas e pagando a empresas “envolvidas em diversos tipos de falcatruas”.

A presidente do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical), Helma Sampaio, disse que o governo vai fechar esse ano com uma arrecadação muito favorável, de R$ 19 bilhões. “Então, não havia necessidade do governador lançar esse pacote de maldades prejudicando todo o funcionalismo. Nesse pacote de maldades, ele atrasa o pagamento de novembro para o mês de dezembro, e o pagamento de dezembro para somente para dezembro de 2020. Essa decisão dele é para prejudicar toda a nossa vida. Nós somos mães e pais de famílias, temos nossos compromissos”, afirmou.


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