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Amazonas

Sindicato dos médicos denuncia superlotação e falta de profissionais em pronto-socorro de Manaus

Uma das denúncias feitas pelo presidente do Simeam, Mário Vianna, e pela secretária geral do Sindicato dos Médicos, Patrícia Sicchar, é a falta de leitos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI)

No último sábado (24), representantes do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam) fizeram uma vistoria no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, que fica na zona centro-sul de Manaus. Os sindicalistas conseguiram constatar várias irregularidades como superlotação e falta de corpo técnico na unidade de saúde da rede pública.

Uma das denúncias feitas pelo presidente do Simeam, Mário Vianna, e pela secretária geral do Sindicato dos Médicos, Patrícia Sicchar, é a falta de leitos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e também na enfermaria para pacientes com Covid-19.

Uma transferência, segundo os sindicalistas, para o Hospital de Referência, o HPS Delphina Aziz, pode demorar até 48h e mortes já foram registradas por conta disso. O setor que fica no 5º andar do HPS 28 de Agosto, está com apenas 12 leitos de UTI, para tratar casos graves da doença causada pelo novo coronavírus.

“Os enfermeiros estão sobrecarregados. Além da falta de recursos humanos, os técnicos que estão atuando na linha de frente nem sempre são habilitados e devidamente treinados para atuar na terapia intensiva. Isso compromete todo o resultado do trabalho da equipe multidisciplinar, além de colocar em risco a vida dos próprios pacientes”, ressaltou Mario Vianna.

Lotação total

Ainda durante a fiscalização do Sindicato dos Médicos, foi constatado que os 69 leitos clínicos do 4º andar, que engloba enfermaria e UTI, estão ocupados. O Centro Cirúrgico também está no limite de funcionamento, sendo realizadas duas cirurgias simultâneas no mesmo local.

Na Clínica Cirúrgica de Observação (CCO), no térreo da unidade hospitalar da zona centro-sul, 63 pacientes estão em uma sala pequena, juntamente com os seus acompanhantes, onde não se cumpre o distanciamento mínimo para evitar a contaminação por Covid-19.

“Isso é um crime. Observamos um alto índice de contaminação local entre os próprios funcionários e pacientes. Além da aglomeração, falta biombo para separar os pacientes uns dos outros. Infelizmente constatamos que as últimas notícias divulgadas sobre a unidade são verdadeiras e isso é alarmante”, avaliou Patrícia Sicchar.