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Amazonas

Sindicato de professores de Manaus leva reivindicações à Assembleia e ameaça estado de greve

Sindicato é totalmente contrários ao ensino híbrido no Estado, enquanto professores não tiverem vacinados

Professores vão paralisar as atividades no dia 18 de maio

Professores associados ao Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom-Sindical) realizaram uma carreata, na manhã desta terça-feira (30), em protesto até a Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM) para reivindicar reajuste salarial, melhores condições de trabalho e antecipação da vacina contra a Covid-19 para a categoria.

O coordenador geral de Comunicação do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom/Sindical), Lambert Melo, informou que os professores tentam abrir diálogo com o governador Wilson Lima (PSC) para discutir as reivindicações. Segundo ele, desde o ano passado, os professores tentam apresentar a pauta de reivindicações, mas são ignorados.

Greve

O representante da Asprom/Sindical, Lambert Melo, anunciou que, nesta quarta-feira (31/03), a categoria se reunirá em Assembleia Geral Extraordinária para aprovar o estado de greve e, caso não tenha seus pleitos atendidos, irá realizar outra Assembleia Geral para deflagrar greve. Segundo Melo, a categoria vem há mais de um ano encaminhando tanto à Secretaria de Educação quanto ao governador Wilson Lima diversos documentos solicitando todas essas reivindicações, mas nunca recebeu resposta.

Assembleia

Na Assembleia, os professores entregaram um abaixo-assinado aos deputados. As reivindicações da categoria são: reajuste salarial; condições materiais e pedagógicas para desenvolver o trabalho remoto à distância; antecipação da vacina para os professores.

“Estamos reivindicando a antecipação da vacinação dos professores, de todos, não só de alguns como está acontecendo. Queremos a vacina para que possamos ter todo o processo de imunização concluído e após esse processo concluída, a gente pode tentar discutir um possível retorno das aulas presenciais. Nesse momento, somos totalmente contrários ao ensino híbrido, pois vale somente para o aluno, afinal todos os dias os professores estão nas escolas”, disse Lambert.

Ainda nesta terça-feira (30/03), o deputado Dermilson Chagas (Podemos) levou, por meio de Cessão de Tempo, os pleitos dos professores e pedagogos para o Plenário Ruy Araújo. A categoria foi ao plenário a convite do deputado para esclarecer aos parlamentares da Casa que a maioria dos seus pedidos não vêm sendo atendidos pelo Governo do Amazonas, o que impossibilita os profissionais de continuarem trabalhando.

Além de apoiar os professores e pedagogos em suas reivindicações, o deputado Dermilson Chagas também informou, durante sua fala no Plenário, que o Governo do Estado tem de solucionar o problema de acesso às aulas remotas que muito alunos têm na capital e sobretudo no interior, pois há uma grande parcela de estudantes que não possui computador, celular ou pacote de internet em suas residências.

O parlamentar enfatizou que, infelizmente, a pandemia criou situações que obrigou todos os setores, inclusive o da Educação, de enfrentar esse momento de forma remota, porém destacou que é necessário refletir que há crianças e adolescentes sem acesso a essa nova forma de estudo.

“Muitos pais estão reclamando que seus filhos não estão tendo acesso às aulas remotas, e eu fico preocupado com a qualidade de ensino, com a formação que os nossos estudantes terão e com as provas que avaliam o nível de conhecimento dos nossos alunos, como a do Enem, que virão mais à frente. E aqui fica o meu apelo para que a Secretaria de Educação procure saber quantos estudantes estão tendo realmente acesso às aulas, porque é preciso mensurar o número real de alunos que estão tendo essa dificuldade, especialmente porque já estamos no mês de março e a pandemia não vai acabar agora”, disse Chagas.

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