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Amazonas

Segurança: Amazonas teve queda em índices de violência em 2018, mostra Anuário do FBSP de 2019

No Amazonas, foram 1.285 mortes violentas intencionais em 2017, contra 1.225 em 2018. A taxa por 100 mil habitantes caiu 3,6%. Os homicídios dolosos caíram 3,8%. Os latrocínios, 27,6%.

Rio de Janeiro – Campanha contra homicídios de jovens negros pinta centenas de silhuetas de corpos no chão do Largo da Carioca (Fernando Frazão/Arquivo Agência Brasil)

O Amazonas registrou uma queda de 5,1% nos casos de mortes violentas intencionais em 2018, com relação a 2017, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). De acordo com o levantamento, o Estado também registrou queda nos crimes violentos não letais contra o patrimônio: roubo e furto de veículos (-37,1%), roubo a estabelecimento comercial (-37,2%), roubo de carga (-50,2%), roubos totais (-2,6%), tentativa de homicídio (- 5,3%), lesão corporal dolosa (-33,9%) e tráfico de entorpecentes -28,5%).

A categoria Mortes Violentas Intencionais (MVI) corresponde à soma das vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora (em alguns casos, contabilizadas dentro dos homicídios dolosos, conforme notas explicativas). Sendo assim, a categoria MVI representa o total de vítimas de mortes violentas com intencionalidade definida de determinado território. O número de policiais mortos já está contido no total de homicídios dolosos e é aqui apresentado apenas para mensuração do fenômeno.

No Amazonas, foram 1.285 mortes violentas intencionais em 2017, contra 1.225 em 2018. A taxa por 100 mil habitantes caiu 3,6%. Os homicídios dolosos caíram 3,8%. Os latrocínios, 27,6%. As lesões corporais seguidas de morte, 27,3%. E o número de mortes a esclarecer caiu 28,2%. No Estado cresceram, no período, roubos a transeuntes e roubos a instituição financeira. Os registros de injúria racial aumentaram de 15 para 25, em números absolutos.

Brasil

O país registrou 57.341 mortes violentas em 2018. São quase 157 assassinatos por dia, ou seis por hora. É o que mostra o anuário da violência divulgado nesta terça-feira 10 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

O número é alto e coloca o país no ranking dos mais violentos do mundo, mas também representa uma queda de 10,2% em relação a 2017, que bateu o recorde da série histórica com 63.880 mortes computadas.

O Anuário contabiliza como mortes violentas a quantidade de homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguida de morte, assassinatos de policiais e mortes decorrentes de intervenções policiais. O estudo compila os números oficiais das Secretarias de Segurança Pública dos 27 estados brasileiros.

O estado mais violento é Roraima, com uma taxa de 66,6 mortes violentas a cada 100.000 habitantes; seguido por Amapá, com 57,9, e Rio Grande do Norte, com 55,4. Para se ter uma ideia, a média nacional ficou em 27,5. Já entre os estados com a menor taxa de assassinatos figuram São Paulo, com 9,5; Santa Catarina, 13,3; e Minas Gerais, 15,4.

Especialistas da área de segurança pública explicam que a queda no número de homicídios ocorre em boa parte devido a um arrefecimento na guerra pelo controle do tráfico de drogas entre facções criminosas, que se deflagrou em 2016 e chegou ao auge em 2017 e voltou a ocorrer em 2019.

Por outro lado, a violência policial aumentou em 19,6% de 2017 para 2018. No ano passado, 6.220 pessoas foram mortas por policiais militares e civis em serviço ou de folga. Em 2017, foram 5179.

O perfil das vítimas de policiais repete o mesmo padrão dos últimos anos – a maioria é negra (75,4%), só estudou até o ensino fundamental (81,5%), são homens (99,3%) e tem entre 20 e 24 anos (33,6%).

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