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Amazonas

Quase 90% da malha rodoviária no Amazonas apresenta algum problema, diz CNT

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (09/11) diz que situação da malha rodoviária do país piorou em 2022.

No Amazonas, 88,6% da malha rodoviária pavimentada avaliada apresenta algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima. Só 11,4% da malha no Estado é considerada ótima ou boa, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgada nesta quarta-feira (09/11), que apontou, ainda, que situação da malha rodoviária do país piorou em 2022. Neste ano, 66% das rodovias foram consideradas em mau estado, contra 61,8% no ano anterior.

No Amazonas, 83,4% da extensão da malha rodoviária avaliada do estado apresenta problemas no pavimento, 16,6% está em condição satisfatória e 5,8% está com o pavimento totalmente destruído. A sinalização é considerada regular, ruim ou péssima em 86,1% da extensão.

A pesquisa identificou 259 pontos críticos no estado e aponta que as condições do pavimento no estado geram um aumento de custo operacional do transporte de 67,8%.

Os investimentos necessários para recuperar as rodovias no Amazonas, com ações emergenciais, de restauração e de reconstrução somariam R$ 1,27 bilhão.

Norte

Na Região Norte, 79,2% da malha rodoviária pavimentada avaliada da região apresenta algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima. 20,8% da malha é considerada ótima ou boa. Com relação ao pavimento, 69,2% da extensão da apresenta problemas, 30,8% está em condição satisfatória e 1,1% está com o pavimento totalmente destruído.

A pesquisa diz que, 76,8% da extensão da malha rodoviária da região tem sinalização considerada regular, ruim ou péssima. As pistas simples predominam em 97,4%. Falta acostamento em 55,6% dos trechos avaliados e os pontos críticos são 1.110 na região. As condições do pavimento geram um aumento de custo operacional do transporte de 43,6%. E seriam necessários Investimentos de R$ 9,44 bilhões.

Brasil

Dos 110,3 mil quilômetros analisados, 44,9 mil foram considerados em estado regular, 20,7 mil em estado ruim e 7,1 mil em péssimo estado. Juntos somam 66% das rodovias do país. Em ótimo ou bom estado, foram 37 mil quilômetros.

A avaliação considera vários itens, como a qualidade do pavimento das estradas, se a sinalização é adequada e a geometria da vida, como se há presença de faixas adicionais ou curvas perigosas.
Segundo a análise da CNT, a maior parte das rodovias em mau estado está sob gestão pública. Dos 87,1 mil quilômetros analisados, 75,3% estão em estado regular, ruim ou péssimo. Outras 24,7% foram avaliadas com boas ou ótimas.

Já entre as rodovias que foram concedidas, 16 mil quilômetros foram avaliadas com boas ou ótimas, ou 69% das estradas consideradas. Outros 7 mil quilômetros, 31% das rodovias, são regulares, ruins ou péssimas.

Acidentes

A pesquisa da CNT mostra um leve aumento no número de acidentes rodoviários entre 2020 e 2021. Há dois anos, foram 63.548 contra 64.515 acidentes ocorridos em rodovias federais no ano passado.

A Confederação calcula o custo econômico desses acidentes em R$ 12,7 bilhões em 2021. No ano anterior, foi de R$ 11,7 bilhões.

Segundo a CNT cada acidente com fatalidade tem custo médio de R$ 1 milhão, com vítimas de R$ 153,4 mil e sem vítimas, R$ 37,3 mil.

Rodovias em estado ruim também impactam o meio ambiente e o custo operacional de quem trafega. O estudo aponta que houve consumo desnecessário de 1 bilhão de litros de diesel fóssil em 2022, ou R$ 4,9 bilhões a mais de custo, por conta das “inadequações” do pavimento.

“Rodovias deficientes reduzem a segurança viária, aumentam o custo de manutenção dos veículos, além do consumo de combustível, lubrificantes, pneus e freios”, aponta o relatório.

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