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Amazonas

Promotores relatam falta de polícia no interior do AM, cara a cara com secretário de Segurança e comandante da PM

Ministério Público recebeu autoridades da Segurança Pública do Estado para tratar do déficit de policiais no interior do Amazonas.

A falta de infraestrutura do policiamento no interior do Amazonas foi relatada nesta segunda-feira, diretamente ao secretário de Segurança do Estado, general Carlos Alberto Mansur, e ao comandante-eral da Polícia Militar, coronel Vinícius Almeida, por promotores de Justiça, em reunião promovida pelo Ministério Público do Estado (MP-AM).

Os promotores relataram, entre outros problemas, o crescimento da atuação das facções criminosos e a insuficiência de viaturas e até de combustível para o patrulhamento fluvial.

A reunião,de acordo com o MP-AM, foi para discutir medidas no sentido de resolver o problema do déficit de policiais militares no Estado. Participaram presencialmente da o promotor de Justiça das Procuradorias de Controle Externo da Atividade Policial, de Manaus, Iranilson de Araújo Ribeiro, e os promotores dos municípios de Urucurituba, Kleyson Barroso, de Iranduba Leonardo Nobre, e de Barcelos, Karla Cristina da Silva Sousa. Outros promotores de participaram de forma virtual.

De acordo com o MP-AM, o promotor de Justiça de Iranduba demonstrou preocupação com a falta de recursos na polícia pilitar de seu município, incluindo a insuficiência de viaturas e combustível para o patrulhamento fluvial. O promotor de Urucurituba relatou o crescimento das facções criminosas. E a promotora de Barcelos, destacou a necessidade de recomposição urgente e formação técnica para garantir a qualidade dos serviços prestados pela polícia militar.

A discussão será ampliada, de acordo com o MP-AM, em uma segunda reunião, com o conjunto de autoridades da Segurança Pública e os promotores de Justiça de municípios do interior. E o MPAM emitirá uma recomendação ao governador do Estado, cobrando a solução do problema.

“Também serão convidados, para essa segunda reunião, o Secretário da Fazenda, Alex Del Giglio; o Presidente da Assembleia Legislativa, deputado Roberto Cidade; nosso Procurador-Geral, Alberto Nascimento; e, se for possível, o governador Wilson Lima, que é quem pode dar a palavra final e apresentar um cronograma de nomeações que tranquilize a população amazonense, com a esperança de uma guinada na Segurança Pública do Estado”, disse o promotor Iranilson de Araújo Ribeiro, que atua na 60ª e 61ª Promotorias de Justiça do Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública de Manaus.

Na última semana, MP-AM, por meio da 60ª Promotoria de Justiça do Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública de Manaus (60ª Proceap) e mais 26 Promotorias do interior do Estado, abriram, conjuntamente, um Inquérito Civil Público para apurar as causas da defasagem no efetivo de oficiais e praças da polícia militar, ocorrida ao longo dos últimos dez anos, e buscar soluções junto às autoridades da Segurança Pública no Estado.

“Existe precariedade de efetivo da PMAM na cidade de Manaus, constatada durante as inspeções das Promotorias de Controle Externo da Atividade Policial. Considerando que a mesma ou maior precariedade também é identificada na maioria das cidades do interior do estado, como, por exemplo, em Parintins, município que deveria ter 400 policiais militares, hoje conta apenas com 181 militares, estando apenas 133 destes atuando operacionalmente. Por este motivo, nós queremos um debate com as autoridades da segurança pública para buscar uma solução”, disse o promotor Iranilson de Araújo Ribeiro.

No Inquérito Civil, o comandante-geral da Polícia Militar do Amazonas foi requisitado a fornecer informações sobre o atual efetivo de policiais, tanto na capital quanto no interior.


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