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Amazonas

Profissionais da Saúde apontam deficiências em unidades de saúde do governo do Amazonas, diz pesquisa do Simeam

Entre as unidades do Estado com problemas apontados estão: Pronto-Socorro João Lúcio, Serviço de Pronto Atendimento (SPA) São Raimundo e Hospital Heraldo Neves, de Presidente Figueiredo.

Falta de insumos, de mão de obra qualificada, de remédios, exames, problemas estruturais, e até perseguição no local de trabalhado. Estes são alguns dos principais problemas apontados por trabalhadores do sistema de saúde publica do Estado, em uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), que começou em maio deste ano.

Entre as unidades do Estado com problemas apontados estão: Pronto-Socorro João Lúcio, Serviço de Pronto Atendimento (SPA) São Raimundo e Hospital Heraldo Neves, de Presidente Figueiredo.

A pesquisa é feita, via internet, com formulário contendo cerca de 10 perguntas.De acordo com o presidente do Simeam, Mario Vianna, a iniciativa pretende aprimorar as visitas técnicas realizadas pelo sindicato nas unidades de saúde. “Por isso, elaboramos uma pesquisa para que os trabalhadores que estão na ponta informem e denunciem a situação das unidades previamente”, explicou.

No primeiro levantamento, segundo o Simeam, a pesquisa apontou uma série de irregularidades. No Pronto-Socorro João Lúcio, por exemplo, referência em neurocirurgia, seria necessário mais um plantonista noturno, de acordo com um trabalhador da unidade que apontou outras deficiências como a demora de diagnósticos de exames, levando em consideração da gravidade dos pacientes, dificultando o atendimento. Alguns exames são feitos fora da unidade, tendo que deslocar o paciente, aumento do tempo de espera.

No SPA São Raimundo uma das respostas relata a instalação de um cilindro de oxigênio atrás de um dos consultórios e que pode ocorrer uma explosão com vítimas a qualquer momento. Unidade sofre sem eletrocardiograma, hemograma, Raio-X e medicamentos como prometazina, omeprazol e diclofenaco.

No Hospital Heraldo Neves, ä situação é alarmante”, informa o Simeam. Segundo resposta à pesquisa, há profissionais venezuelanos atuando sem o Registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), que utilizam carimbo de outros profissionais, fazendo o atendimento e até cirurgias.

“São situações apontadas pelos próprios trabalhadores que vão nos ajudar no diálogo com a gestão durante as visitas técnicas que o sindicato faz durante o ano todo, justamente para encontrar soluções para os profissionais e para os usuários”, disse Mario Vianna.