A produção industrial do Amazonas só cresceu 0,3% em março deste ano de 2022, com relação ao mês anterior e registrou queda de 2,5% – a mais alta entre os Estado pesquisados – ao longo do primeiro trimestre do ano, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta terça-feira (10/05).


O índice de média móvel trimestral para a indústria recuou 0,4% no trimestre encerrado em março frente ao nível do mês anterior, interrompendo a trajetória ascendente iniciada em novembro de 2021. Sete dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas nesse mês, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Amazonas (-2,5%), Paraná (-2,1%) e Goiás (-1,9%).
Com o avanço de 0,3% na indústria nacional em março, com relação a fevereiro, na série com ajuste sazonal, nove dos 15 locais pesquisados pelo IBGE apresentaram taxas positivas. As maiores expansões foram registradas em São Paulo (8,4%) e Ceará (3,8%). Mato Grosso (2,8%), Minas Gerais (2,4%), Rio de Janeiro (2,1%), Região Nordeste (1,8%) e Paraná (0,6%), Amazonas (0,3%) e Bahia (0,1%) completaram o conjunto de locais com resultados positivos.
Em relação à média móvel trimestral, sete dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas no trimestre terminado em março, com destaque para Amazonas (-2,5%), Paraná (-2,1%) e Goiás (-1,9%). No acumulado do ano, houve queda em nove dos 15 locais pesquisados, com destaque para Ceará (-12,8%) e Pará (-12,2%). Já no acumulado dos últimos 12 meses, nove dos 15 locais pesquisados também assinalaram taxas positivas em março de 2022.
Na comparação com março de 2021, a indústria nacional teve redução de 2,1% em março de 2022, com taxas negativas em sete dos 15 locais pesquisados. Vale citar que março de 2022 (22 dias) teve um dia útil a menos que igual mês de 2021 (23). Nesse mês, Santa Catarina (-9,8%), Pará (-7,2%) e Amazonas (-4,1%) assinalaram as reduções mais intensas.
A queda em Santa Catarina foi pressionada, principalmente, pelo comportamento negativo dos setores de máquinas e equipamentos; máquinas, aparelhos e materiais elétricos e produtos têxteis. No Pará, o recuo foi afetado por quedas nas indústrias extrativas e metalurgia. Já o Amazonas recuou devido à retração de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos e máquinas e equipamentos.
No acumulado no ano, frente a igual período de 2021, houve redução na produção em nove dos 15 locais pesquisados, com destaque para Ceará (-12,8%) e Pará (-12,2%). Santa Catarina (-8,9%) e Pernambuco (-6,1%) também registraram taxas negativas mais acentuadas do que a média nacional (-4,5%), enquanto Região Nordeste (-4,3%), São Paulo (-3,7%), Minas Gerais (-2,7%), Paraná (-2,7%) e Rio de Grande do Sul (-2,3%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção no índice acumulado no ano. Por outro lado, Mato Grosso (25,6%) apontou o avanço mais elevado no índice acumulado do primeiro trimestre do ano. Rio de Janeiro (3,3%), Bahia (2,3%), Espírito Santo (1,6%), Amazonas (0,5%) e Goiás (0,5%) mostraram as demais taxas positivas no indicador.
O acumulado nos últimos doze meses, ao avançar 1,8% em março, manteve a redução na intensidade do crescimento iniciada em agosto de 2021 (7,2%). Nove dos 15 locais pesquisados tiveram taxas positivas em março de 2022, mas onze apontaram menor dinamismo frente a fevereiro. Santa Catarina (de 7,2% para 3,5%), Amazonas (de 8,9% para 6,5%), Paraná (de 7,5% para 5,8%), Rio Grande do Sul (de 6,5% para 5,0%), Pará (de -6,1% para -7,1%), São Paulo (de 3,0% para 2,1%) e Minas Gerais (de 7,9% para 7,0%) mostraram as principais perdas entre fevereiro e março de 2022, enquanto Bahia (de -10,3% para -8,2%), Mato Grosso (de 5,2% para 7,0%) e Rio de Janeiro (de -5,3% para 6,2%) assinalaram os maiores ganhos entre os dois períodos.