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Amazonas

Pesquisa aponta crescimento do crime organizado no Amazonas e déficit de investigação

De acordo com a pesquisa, as facções criminosas FDN, CV e PCC atuam na região do Rio Solimões.

A pesquisa Cartografia das Violências na Região Amazônica, recentemente publicada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que no Amazonas hoje tem pelo menos três facções criminosas em atividade e que os déficits de governança e estrutura do aparato de segurança pública, sobretudo na capacidade de investigação criminal deixam a região refém do crime organizado.


De acordo com a pesquisa, as facções criminosas FDN, CV e PCC atuam na região do Rio Solimões. E, além disso, há grupos de piratas que interceptam a droga pelos rios na região do município de Coari, a chamada Família do Coari, deixando ainda mais complexos os conflitos entre facções no Estado “que se constitui enquanto a grande porta de entrada da cocaína em território brasileiro”.

Segundo a pesquisa, “as déficits de governança e estrutura do aparato de segurança pública, sobretudo na capacidade de investigação criminal dos ilícitos/delitos cometidos na região, e justiça deixam a região refém das alianças e conflitos próprios da dinâmica do crime organizado e das suas sobreposições e trocas com crimes ambientais (desmatamento e garimpo ilegais, grilagem de terras, etc)”.

Os resultados da pesquisa mostram que a intensa presença de facções do crime organizado e de disputas entre elas pelas rotas nacionais e transnacionais de drogas que cruzam a região contribui com a elevação das taxas de homicídios/mortes violentas intencionais na Região, os colocando acima da média nacional. E que, entre 2018 e 2020, a dinâmica da violência letal na região amazônica diferencia-se do restante do país em especial pela acentuada interiorização da violência.

Veja os dados da Cartografia das Violências na Região Amazônica.

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