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Amazonas

Pedido de CPI da Pandemia na Assembleia do AM fará 1 mês com apenas 2 assinaturas

Enquanto a Assembleia do Amazonas sequer discute se instala uma CPI, deputados estaduais e vereadores já abriram apurações locais em pelo menos nove Estados.

Nesta semana, no dia 16/04, completa um mês que os deputados Wilker Barreto (Podemos) e Dermilson Chagas (Podemos), protocolizaram na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE), o requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os gastos com os recursos federais e estaduais com a pandemia de Covid-19 no Amazonas.

Os autores da proposta querem que a ALE investigue a atuação do Governo do Amazonas na condução da pandemia que já matou mais de 12 mil pessoas no Estado. “A sociedade quer saber, para onde foi o dinheiro federal e estadual dos gastos da Covid? O Governo Federal e do Estado gastaram bilhões com a Covid-19. É notório o descontentamento do povo. Tenho certeza que isso é uma pergunta que paira em todo o Amazonas”, disse Wilker Barreto, no dia em que apresentou o pedido.

Dermilson chagas disse que quer total transparência dos secretários e dos coordenadores que estão à frente da saúde. “Objetivo é dar transparência, mostrar para a população o que foi feito com esse recurso, porque morreu tanta gente, onde os governos erraram. É uma informação essencial, que só deverá vir através da CPI”, afirmou.

Para ser instaurada, a ‘CPI da Pandemia’ precisa de, no mínimo, oito assinaturas. Até o momento, 30 dias depois, no documento constam apenas as assinaturas dos deputados autores do pedido.

Enquanto a ALE sequer discute se instala uma CPI para investigar a atuação dos governos do presidente Jair Bolsonaro e do governador Wilson Lima durante a pandemia de Covid-19 no Estado, deputados estaduais e vereadores já abriram apurações locais em pelo menos nove Estados.

No período, o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), foi afastado do cargo
pela segunda vez. No ano passado, ele foi absolvido no primeiro processo de impeachment e,
agora, fica sem exercer o mandato por até 120 dias, por decisão é do Tribunal Especial de
Justiça, que aceitou denúncia derivada da CPI dos Respiradores, iniciada em abril do ano
passado.

Em Minas Gerais, o governo de Romeu Zema (Novo) virou alvo de uma investigação que
pode torná-lo o terceiro governador a enfrentar um processo de impeachment – Wilson Witzel
(PSC) está afastado do governo do Rio desde agosto do ano passado. O pedido de apuração
contra a gestão Zema tem como origem a denúncia de que 1,8 mil funcionários da Secretaria
de Saúde tomaram vacina mesmo sem cumprir requisitos prioritários, como idade.

Prisões

Em Roraima, o governador Antônio Denarium (PSL) já foi alvo de pedidos de impeachment
ao longo do funcionamento da CPI que investiga a atuação de seu governo na área da Saúde.
Nenhum deles prosperou até agora, mas a apuração já resultou no cancelamento de 23
contratos suspeitos, no valor de R$ 85 milhões, e na prisão de mais de 20 pessoas.

No Amazonas, ano passado, a CPI da Saúde investigou contratos irregulares, além de
eventuais crimes de responsabilidade e improbidade envolvendo o governador Wilson Lima (PSC), mas a base do governo conseguiu maioria e arquivou a denúncia, em um processo de impeachment.

A CPI no Amazonas identificou um superfaturamento de R$ 496 mil na aquisição emergencial de 28 respiradores pelo governo Wilson Lima (PSC). A compra ocorreu em abril, no início da epidemia do novo coronavírus.

Após tentar parar CPI da Saúde e Impeachment, base de Wilson Lima suspende CPI da Seduc


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