Conecte-se conosco

Amazonas

Pacientes e familiares protestam contra escassez de medicamentos na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas

Manifestantes denunciam falta de remédios essenciais desde janeiro, agravando a luta contra o câncer no Amazonas.

pacientes-oncologicos-protesta

Pacientes oncológicos e seus familiares realizaram uma manifestação em frente à Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) para denunciar a falta de medicamentos essenciais ao tratamento do câncer. Segundo os relatos, a escassez desses medicamentos ocorre desde janeiro e não há previsão para a regularização do fornecimento.

Segundo os manifestantes, a crise tem obrigado muitos pacientes a interromperem seus tratamentos ou a arcarem com altos custos para adquirir os medicamentos por conta própria. A situação gera insegurança, sofrimento emocional e, em alguns casos, agrava o quadro clínico dos pacientes, informaram.

Cláudia Oliveira Alfaia, uma das manifestantes, disse que está há dois anos em tratamento contra o câncer de mama e relatou ter ficado sem o medicamento por 15 dias.

“Meu medicamento faltou. Já estou há dois anos em tratamento e, de repente, fiquei sem. Isso compromete tudo”, informou.

Outro relato é de Idenilza do Socorro Dutra, que utiliza o medicamento Anastrazol há dois anos e meio. Ela afirma que o remédio também ficou em falta por 15 dias.

“Faço parte de um grupo com 180 mulheres e todas estão passando pela mesma situação. Já fizemos rifa, temos amigas entrando em depressão por não conseguirem o medicamento”, relatou.

Além do Anastrazol, de acordo com os manifestantes, estão em falta outros medicamentos fundamentais no combate ao câncer, como Capecitabina, Magestrol e Sorafenibe. De acordo com os pacientes, o mais grave é a ausência de qualquer previsão de chegada desses insumos.

Em janeiro deste ano, pacientes que procuraram a FCecon foram surpreendidos por um apagão. Sem energia elétrica e com o gerador fora de funcionamento, segundo eles, por falta de diesel, sessões de quimioterapia foram canceladas e muitos pacientes tiveram que voltar para casa sem atendimento.

Há exatamente um ano, um grupo de mulheres protestou em frente da FCecon) para cobrar medicamentos que estavam em falta havia três meses. As pacientes, à época, disseram que, entre os remédios em falta, estava o Letrozol, indicado para tratamento de câncer de mama.

Segundo relatos de pacientes, muitos dos medicamentos custavam mais R$ 1 mil nas farmácias. Eles também protestaram contra a demora no atendimento na FCecon.


Clique para comentar

Faça um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

quatro × 5 =