Amazonas
Operação Sangria: jornalista foi intimado pela PF a explicar relação com dono da FJAP, diz site
Segundo Jefferson Coronel, a PF o intimou a depor pela sua constante ida até a loja de vinhos, da qual o dono, Fábio José Antunes Passos, foi preso temporariamente pela PF.
O assessor de comunicação do governo do Amazonas, o jornalista Jefferson Coronel, foi intimado pela Polícia Federal (PF) para prestar depoimento nesta terça-feira (30), dentro da Operação Sangria, que apura desvios de recursos na compra de respiradores pelo Governo do Estado. Ele próprio confirmou a informação após deixar a sede da PF.
De acordo com o site de notícias Portal do Holanda , o jornalista conversou com a imprensa e disse que a PF tem uma lista de 30 pessoas que devem ser ouvidas sobre a relação com a loja de vinhos, FJAP e Cia, que vendeu os equipamentos hospitalares.
Segundo Jefferson Coronel, a PF o intimou a depor pela sua constante ida até a loja de vinhos, da qual o dono, Fábio José Antunes Passos, foi preso temporariamente pela PF nesta terça-feira. O assessor disse que sempre frequentou o local e garantiu que não teve envolvimento com a aquisição dos respiradores.
“Eu sempre comprei vinho lá e tudo no cartão de crédito. Eu gosto muito de vinho. Se eu ia três vezes por semana lá era pouco, eu fui muito lá, porque sempre gostei de vinho”, iniciou o jornalista. “Tem uma lista lá de 30 pessoas que eles [PF] estão chamando que tinha alguma relação. Como eu tinha uma relação pública ali com a vinheria, com o Fábio, é natural que eles chamem pra perguntar que tipo de relação eu tinha. Minha relação é única e exclusivamente de cliente. Eu não sabia nem que ele tinha vendido respirador. Eu conversava com ele toda semana, mas eu não sabia que tinha vendido pro governo”, disse Coronel.
Jefferson Coronel afirmou que chegou a questionar de Fábio Passos, depois de surgirem as denúncias sobre fraudes na compra dos respiradores, se a compra estava legalizada, se estava tudo “certinho”. “Eu não tinha nada que me meter nisso e nem tinha o porque me meter. A minha relação é com a loja de vinhos. Ele vendeu os aparelhos por outra empresa que ele tem. Eu não tinha nenhuma outra relação com essa outra empresa”, frisou Jefferson Coronel.
Quando surgiram as primeiras denúncias de possíveis fraudes na venda de respiradores pela loja de vinhos para o Governo do Amazonas foi citado que o local era bastante frequentado por políticos e pessoas do meio.
Em janeiro de 2020, Jefferson Coronel, ex-assessor do senador Omar Aziz (PSD/AM) foi apresentado pelo vice-governador do Estado, Carlos Almeida Filho, como novo contratado do governo para atuar como interlocutor com as agências de propaganda contratadas do Estado. Jefferson negou que estivesse contratado, ao site de notícias Estado Político.
De acordo com denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o papel de Jefferson Coronel, sob a orientação do governador, era cooptar servidores para “escamotear a verdade a respeito dos fatos, com o objetivo deliberado de isentar o líder da organização criminosa investigada”. “No escalão tático da organização, com contato estreito com o governador e o vice, encontra-se Jefferson Coronel, indivíduo que foi recrutado com a missão de ‘blindar’o Chefe do Poder Executivo quanto aos escândalos de corrupção”, diz o relatório do MPF.
O MPF apurou que Jefferson Coronel vai além da assessoria de comunicação e “atua como verdadeiro agente integrante da Orcrim. Segundo depoimento da ex-secretária de Saúde da capital, o assessor pediu que ela justificasse um vídeo em que o governador aparece com os equipamentos adquiridos e que não serviam para tratamento em UTI.
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