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Amazonas

Nova companhias aéreas de ‘baixo custo’ no Brasil não oferecem vôos para Manaus

Depois que a Sky Airline começou a voar para o país, os valores cobrados para o trecho Rio-Santiago caíram 17%, enquanto para o sentido inverso reduziram 0,78%.

Atraídas por mudanças na regulação brasileira, companhias aéreas low cost começam a atuar em voos internacionais no país. Nenhuma delas opera no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. Três delas já estão no mercado: a chilena Sky Airline, que voa do Rio e São Paulo para Santiago – e passará a operar também o trecho Salvador-Santiago a partir de dezembro –; a norueguesa Norwegian, que voa do Rio para Londres; e a Air China, que fazia voos ocasionais de São Paulo a Pequim na alta temporada desde 2009 e passou a operar o destino regularmente neste ano.

Na próxima semana, começa a funcionar a novata argentina FlyBondi, que vai conectar o Rio a Buenos Aires e, em dezembro, lança o trecho Florianópolis-Buenos Aires. A companhia promete preços de 30% a 40% mais baixos do que os da concorrência.

Em dezembro chega a subsidiária chilena da americana JetSmart, com voos de Salvador a Santiago. Em 2020, vai operar mais duas rotas, ligando Foz do Iguaçu e São Paulo à capital chilena. A empresa tem ainda planos que operar no doméstico brasileiro. No ano que vem, será a vez da Virgin Atlantic, do excêntrico bilionário Richard Branson, desembarcar no país, com voos de Londres a São Paulo e Rio.

Outra low cost que deve vir para o Brasil é a GulfAir, do Bahrein. A empresa já manifestou interesse ao Ministério do Turismo, mas ainda não entrou com pedido para operar junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Já a Avian, aérea de baixo custo do grupo colombiano Avianca, chegou a dar entrada no pedido de autorização para fazer voos regulares no Brasil, mas não deu continuidade ao processo, segundo a Anac.

Além dessas, a espanhola AirEuropa já está em andamento com pedido para voar para cidades dentro do Brasil. A companhia voará por aqui com a marca Globalia. Isso só foi possível graças à derrubada da exigência de que as companhias aéreas tivessem 80% de capital brasileiro para operar no mercado doméstico.

A mudança ocorreu por meio de uma medida provisória editada no fim do ano passado pelo então presidente Michel Temer e validada neste ano pelo Congresso. Outra alteração importante para as empresas low cost foi a permissão para a cobrança de bagagem despachada pelas empresas. Não incluir esse benefício na passagem é um dos pontos que possibilitam às companhias de baixo custo oferecer passagens mais baratas.

A pedido do site G1, o buscador de passagens promocionais Kayak fez um levantamento para ver o comportamento dos preços de bilhetes aéreos depois da chegada das low costs ao Brasil, para os trechos que elas já operam.

Depois que a Sky Airline começou a voar para o país, os valores cobrados para o trecho Rio-Santiago caíram 17%, enquanto para o sentido inverso reduziram 0,78%. Para viagens de São Paulo a Santiago, as quedas foram de 17% e 5%, respectivamente.

Já depois da chegada da Norwegian, os voos do Rio a Londres passaram a custar 23% menos, enquanto os da capital inglesa para o Rio subiram 44%, segundo os dados da Kayak.

O site não pôde realizar a pesquisa para a Air China porque a empresa já operava voos não regulares no Brasil.

Abaixo, veja os locais de operação das empresas low cost que estão chegando ao país:

Sky Airline
Para onde voa: Santiago-São Paulo (Guarulhos) e Santiago-Rio de Janeiro (Galeão)

Norwegian
Para onde voa: Londres-Rio de Janeiro (Galeão)

Air China
Para onde voa: São Paulo (Guarulhos)-Madri-Pequim, duas vezes por semana