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Amazonas

No Amazonas, os casos confirmados de coronavírus mais que dobram, de quinta-para sexta, informa o governo

“Nesse momento, temos condições de falar que a gente atende o mesmo comportamento da curva (de transmissão) dos outros países”, disse o secretário de Saúde do Amazonas, referindo-se locais como China e Itália.

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS) informou, hoje, que subiu para 7 o número de casos comprovados de coronavírus no Estado. Um desses 7 casos ainda não tem a origem identificada. As autoridades estão investigando se ainda se trata de caso importado ou transmissão comunitária. Ontem, havia três casos confirmados. O primeiro caso foi anunciado no último dia 13, há exatamente uma semana. O Estado já teve 72 notificados, 52 descartados e tem 13 em investigação. Segundo número divulgado hoje pela FVS, em entrevista coletiva virtual.

Os três primeiros pacientes, segundo a FVS, estão bem e passaram por isolamento domiciliar. O primeiro saiu do período de transmissibilidade no sábado e terá alta da quarentena amanhã, estando apto a exercer as suas atividades normalmente. O segundo e o terceiro casos permanecem em quarentena, com liberação prevista para a semana que vem

Segundo a FVS, o Amazonas tem um numero de síndromas respiratórias em numero bem acima do esperado, uma “epidemia de outros vírus respiratórios”.

Um dos casos está sob investigação para identificar a origem da contaminação. Todos os outros estiveram em locais fora do Amazonas onde há transmissão ativa do vírus.

O secretário estadual de Saúde, Rodrigo Tobias, afirmou que o avanço do contágio no Amazonas está sendo estudado por um grupo de especialistas formado por pesquisadores da própria FVS, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Universidades Federal (Ufam) e do Estado (UEA) do Amazonas.

“Nesse momento, temos condições de falar que a gente atende o mesmo comportamento da curva (de transmissão) dos outros países”, disse, referindo-se locais como China e Itália.
No entanto, Susam e FVS ponderaram que é necessário ter um número maior de casos confirmados para fazer projeções e estimativas mais seguras. “Para fazer essa modelagem, precisamos ter a transmissão local, autóctone, que ainda não é o caso”, completou a diretora-presidente da FVS, Rosemary Pinto.

Brasil

O ritmo da disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil é, hoje, igual ao da Itália semanas atrás – e ele está acelerando. Segundo um estudo conduzido pelo Observatório Covid-19 BR, que analisa os números da pandemia no país e do qual fazem parte por sete universidades, o número de casos deve passar de 3 mil já na terça-feira (24). A tendência é que ele dobre a cada 54 horas e 43 minutos.

Participam da pesquisa físicos da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp), da Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade de Berkley (nos Estados Unidos) e Universidade de Oldenburg (na Alemanha).

“Nossos cálculos corroboram a ideia que o início da curva epidêmica brasileira é igual às da Itália e da Espanha — quando estes países estavam no início [da epidemia]”, afirmou ao G1 o professor Roberto Kraenkel, do Instituto de Física Teórica da Unesp.

No mundo todo, a Itália é o país com maior número de vítimas – nesta sexta-feira (20), o país europeu ultrapassou a marca de 4 mil mortos – o total de casos registrados ultrapassa 47 mil.

Um levantamento da universidade norte-americana Johns Hopkins divulgado nesta sexta mostrou que há ao menos 10.031 mortos por complicações da Covid-19 no mundo. Há mais de 245 mil infectados.

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