Na pandemia, 90% das escolas da educação básica do Amazonas não tiveram aula ao vivo mediada pela internet, diz IBGE

Só uma em cada dez escolas públicas da educação básica do Amazonas promoveram aulas ao vivo mediadas pela Internet e com possibilidade de interação direta entre professor e alunos, em novembro de 2020, quando estavam fechadas em consequência da pandemia de Covid—19.

 

O percentual de escolas nas Unidades da Federação que adotaram aulas síncronas pela Internet com interação apresentou grande variação, especialmente na rede pública, e foi desigual entre as redes de ensino. Acre, Amazonas e Pará tiveram o menor percentual dessa adoção pelas escolas da rede pública: 8,1%, 9,9% e 13,2%, respectivamente.

Os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira foram divulgados no relatório ‘Síntese de Indicadores Sociais: Uma análise das condições de vida da população brasileira 2021’, realizado Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicados nesta sexta-feira (03/12).

Os dados também mostram que metade dos alunos brasileiros de 15 a 17 anos matriculados na rede pública de ensino não possuíam equipamentos ou acesso à internet para acompanhar as aulas remotas durante a pandemia. No Amazonas, o índice foi de 30,3% .

Segundo levantamento da Organização das Nações Unidas para a Educação (Unesco), o Brasil foi o segundo país com maior período de suspensão total das atividades presenciais e remotas por orientação governamental em função da pandemia com 190 dias, perdendo apenas para o México que registrou 265 dias. Os registros foram coletados de 15 países.

Complementarmente, o INEP levantou que a média de dias sem aulas presenciais em todos os níveis da educação básica em 2020 atingiu 287,5 dias na rede pública de ensino e 247,7 na rede privada.

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