Amazonas
Na gestão de Wilson Lima, pagamentos na função saúde não acompanharam arrecadação recorde do Estado
A receita líquida do Poder Executivo cresceu 10,67% e os pagamentos na área de saúde cresceram apenas 5,39%, na comparação com 2018, segundo os números publicados no Portal da Transparência do Estado.
Os pagamentos (gastos) da gestão do governador Wilson Lima (PSC) na função Saúde não acompanharam o índice de crescimento da arrecadação recorde do Estado em 2019. A receita líquida do Poder Executivo cresceu 10,67% e os pagamentos na área de saúde cresceram apenas 5,39%, na comparação com 2018, segundo os números fechados de 2019 pela Secretaria de Fazenda (Sefaz), publicados no Portal da Transparência do Estado.
No primeiro ano da administração de Wilson Lima o Poder Executivo teve arrecadação líquida de R$ 19,8 bilhões (R$ 19.811.716.476,12), contra R$ 17,9 bilhões de 2018 (R$ 17.900.167.459,20). Os pagamentos efetuados na Função Saúde, segundo o Portal da Transparência, somaram R$ 2,77 bilhões em 2019, contra R$ 2,63 bilhões, em 2018.
Descontada a inflação oficial do País de 2019, de 4,31%, o índice real de crescimento da arrecadação foi de 6,36%, contra o crescimento de apenas 1,08% nos gastos com saúde. Ou seja, o índice de crescimento da arrecadação 5,8 vezes, ou 580%, maior do que o índice do crescimento dos gastos com a saúde no primeiro ano do governo Wilson Lima.
Os números podem explicar parte da crise na saúde do Estado. Nos últimos meses, hospitais públicos de todo o Estado sofreram com falta de infraestrutura, material e de pessoal. O drama de quem precisa de socorro parece não ter fim e virou novamente assuntos de notícias nacionais.
O Jornal Nacional da TV Globo informou que o atraso no pagamento de salários agravou a crise dos hospitais públicos estaduais do Amazonas. O programa mostrou ao país inteiro a situação em que a saúde do Estado está passando.As imagens mostraram a situação degradante no Hospital João Lúcio, e as maternidades Balbina Mestrinho e Ana Braga. Na reportagem, a mãe de um bebê injetou a medicação na criança, por falta de enfermeiros no local.
No Hospital e Pronto Socorro Doutor João Lúcio Pereira Machado e no Pronto Socorro 28 de Agosto, os dois maiores de Manaus, a superlotação fez dos corredores salas de atendimento médico. As famílias dos pacientes tiveram que comprar os remédios pois falta o básico. Faltou equipamento de proteção para trabalhadores da saúde combaterem a infecção hospital. E o número de crianças mortas na fila por atendimento por cirurgias cardiopatas aumentou.
Veja os números da arrecadação no Portal da Transparência.
2019
\
2018
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.
Faça um comentário