Amazonas
MP-AM não fez auditoria em escutas telefônicas solicitada por deputados, diz secretário de Segurança em reunião na Assembleia
Segundo deputado, secretário repetiu aquilo que vem falando em entrevistas: que não tem munição, viaturas, efetivo policial etc.
Nesta terça-feira (13/7), o deputado Dermilson Chagas (Sem partido) disse que ficou surpreso com a informação trazida pelo secretário estadual de Segurança Pública do Amazonas, coronel Louismar Bonates, de que o Ministério Público do Estado (MP-AM) nunca realizou auditoria do Guardião na atual gestão do Governo do Amazonas.
Segundo o deputado, a declaração do secretário Louismar Bonates foi feita na manhã desta terça-feira (13/7), na sala da Presidência da ALE-AM. A ida do titular da SSP-AM à ALE atendeu a um requerimento do deputado Dermilson Chagas protocolado no dia 8 do mês passado. O encontro contou com a participação presencial dos deputados Dermilson Chagas, Ângelus Figueira (DC), Fausto Júnior (MDB), Cabo Maciel (PL), Joana Darc (PL), Dr. Gomes (PSC) e Saullo Vianna (PTB) e online do deputado Wilker Barreto (sem partido).
“Eu estou até assustado com o que o secretário falou. Eu e o deputado Wilker Barreto fizemos uma denúncia ao Ministério Público do Estado informando de que havia a possibilidade dos nossos telefones pudessem estar grampeados. Eu perguntei três vezes do secretário e ele me respondeu de forma contundente nas três vezes que o MP-AM nunca fez uma auditoria no Guardião nesta gestão. Então, precisamos esclarecer isso”, disse Dermilson.
Dermilson Chagas disse, ainda, que ficou decidido que o deputado Delegado Péricles irá fazer um requerimento com os números de telefones de todos os deputados para pedir informação ao MPE-AM se há, se houve, quando aconteceu e o porquê que aconteceu sobre o monitoramento de telefones de deputados.
Deficiências na Segurança
O secretário foi convocado para responder questionamentos sobre a grave crise na segurança pública, envolvendo rebeliões em presídios, pirataria nos rios do estado, chacina em Tabatinga, ações de vandalismo de facções criminosas na capital e em algumas cidades da Região Metropolitana de Manaus e a prisão de servidores ligados à Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai) da Secretaria de Segurança (SSP-AM) na operação Garimpo Urbano, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio operacional da Polícia Federal (PF).
“O secretário trouxe algumas informações, não foram esclarecimentos. Não informou dados estatísticos, informações de quantitativo, sem detalhes sobre estratégia e planejamento sobre programa de segurança pública. O secretário simplesmente replicou aquilo que vem falando em entrevistas. Ele diz que não tem munição, viaturas, efetivo policial etc. Então, como é que se pode oferecer uma segurança pública a contento para o povo do nosso estado? É lamentável. O projeto que se tem é uma determinação do Ministério Público para fazer concurso e não do Governo do Estado”, resumiu o parlamentar.
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