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Amazonas

Monitor da Violência: AM foi o 2º estado com maior número de assassinatos na região Norte no 1º trimestre de 2023

Em 2022, o Estado registrou 1.432 assassinatos.

Sequencia de homicídios estaria ligada à atuação de organização criminosa no estado. (Foto Jael Lucena GDC)

O Amazonas apresentou uma redução de 2,6% nos registros de mortes violentas durante o primeiro trimestre de 2023. O estado foi o segundo com o maior número de assassinatos registrados na região Norte do país.

De acordo com o levantamento, durante o primeiro trimestre de 2023 foram registrados: 273 homicídios,4 feminicidios, 13 latrocínios, e15 casos de lesão corporal seguidas de mortes.

Em relação aos estados da Região Norte, o Amazonas ficou atrás apenas do Pará, que teve 466 assassinatos.

Os dados apontam que todas as regiões do país tiveram queda nos assassinatos no início desse ano – com exceção do Sudeste.

Entre janeiro e março de 2023, o Amazonas teve o registro de 305 mortes violentas. No mesmo período de 2022, foram 313 assassinatos no estado.

O número de assassinatos continua em queda em 2023, segundo o índice nacional de homicídios criado pelo g1, com base nos dados oficiais de 26 estados e do Distrito Federal. Foram 10,2 mil assassinatos nos três primeiros meses deste ano, o que representa uma baixa de 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em 2022, o Amazonas teve uma queda de 8,8% no número de crimes violentos, sendo 1.340 foram homicídios dolosos, 56 latrocínios – roubo seguido morte e 36 lesões corporais que resultaram em morte.

Estão contabilizadas no número as vítimas dos seguintes crimes: homicídios dolosos (incluindo os feminicídios); latrocínios (roubos seguidos de morte) e lesões corporais seguidas de morte.

Em 2022, o Brasil teve uma queda de 1% no número de assassinatos, como apontou um levantamento exclusivo do Monitor da Violência. Foram 40,8 mil mortes violentas intencionais no país no ano passado, o menor número de toda a série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública pelo segundo ano seguido.

Segundo especialistas do FBSP e do NEV-USP, o menor número de mortes é motivado por um conjunto de fatores, incluindo: mudanças na dinâmica do mercado de drogas brasileiro; maior controle e influência dos governos sobre os criminosos; apaziguamento de conflitos entre facções; políticas públicas de segurança e sociais; e redução do número de jovens na população.

Os dados do primeiro trimestre de 2023 apontam que:

– houve 10,2 mil assassinatos nos primeiros três meses deste ano, pouco mais de 70 mortes a menos que no mesmo período de 2022;
– na contramão do país, 14 estados registraram alta nas mortes;
– já outros 13 tiveram queda nos registros;
– Roraima teve a maior queda: 23,8%;
– Amapá teve o maior aumento nos crimes: 87%;
– todas as regiões do país tiveram queda de assassinatos, com exceção do Sudeste.

O levantamento, que compila os dados mês a mês, faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do g1 com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Os dados apontam que todas as regiões do país tiveram queda nos assassinatos no início desse ano – com exceção do Sudeste.

Mesmo com os aumentos pontuais de violência em alguns estados, a queda no primeiro trimestre de 2023 aponta que o país está seguindo a mesma tendência nacional de 2022 e dos últimos anos, de diminuição gradual dos indicadores.


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