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Amazonas

Ministério Público do Amazonas Instaura inquérito para apurar qualidade da água em Manaus

Inquérito civil é em desfavor do Estado do Amazonas, Município de Manaus e concessionária Águas de Manaus.

O Ministério Público do Amazonas (MP-AM), através da 53ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio, instaurou inquérito civil em desfavor do Estado do Amazonas, Município de Manaus e concessionária Águas de Manaus, para apurar denúncia de irregularidades relacionadas à qualidade da água tratada na cidade de Manaus.


Na Portaria de instauração, publicada no Diário Oficial do MP-AM desta terça-feira (02/08), o promotor de Justiça Carlos Sérgio Edwrds de Freitas, considera denúncia encaminhada pelo Deputado Federal do Paraná Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro (PSL-PR), da base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, “tendo por objeto a ausência de divulgação por parte do Estado sobre o despejo de produtos químicos além do permitido nas águas tratadas em cerca de 763 municípios do Brasil”.

A água tratada pode carregar agrotóxicos e outras substâncias químicas e radioativas que são perigosas para a saúde quando acima dos limites fixados pelo Ministério da Saúde. O mapa revela onde ocorreu esse tipo de contaminação. As informações são de testes feitos pelas empresas de abastecimento que foram enviados ao Sisagua, banco de dados do Ministério da Saúde.

Manaus está entre os municípios citados. Entre 2018 e 2020, na água da cidade, todas as substâncias estavam dentro do limite de segurança.

Os dados que compõem o mapa são resultados de testes feitos pelas empresas e instituições responsáveis pelo abastecimento. Eles integram a base de controle do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, o Sisagua, do Ministério da Saúde. Os dados foram interpretados de acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde.

O mapa divide as substâncias em dois grupos de periculosidade (que determina os tons de vermelho). Essa divisão foi feita pela Repórter Brasil com base nas classificações dadas a cada substância pelos órgãos reguladores mais reconhecidos do mundo, como a OMS.