Amazonas
Médicos ficam expostos a contágio e se ausentam de plantão para fazer teste do novo coronavírus, diz Simeam
Presidente do sindicato afirma que, neste sábado, teve informação de que obstetra está internada no Delphina Aziz e que 22 médicos se submeteram ao exame de Covid-19
Com a informação de que uma obstetra se encontra internada no Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, 22 médicos faltaram o plantão, hoje, para se submeter à testagem do novo coronavírus. A informação é do presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), Mário Viana, que denuncia os riscos a que estão expostos os profissionais de saúde no Estado, que se encontram na linha de frente do combate à epidemia.
Viana afirma ter recebido a confirmação de que uma médica está internada no Delphina Aziz, unidade voltada exclusivamente para atendimento de casos graves, suspeitos ou confirmados, de Covid-19. A informação não foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde (Susam), que explicou que não tem como falar de casos isolados. A pasta deve emitir boletim, neste sábado, atualizando os números de infectados pelo novo coronavírus no Amazonas.
De acordo com o presidente do Simeam, 22 obstetras deixaram de comparecer ao plantão para realizar o exame que detecta o vírus. “Entendo que nosso sistema deveria oferecer a testagem aos profissionais de saúde em local de trabalho ou até na residência, porque eles são a linha de frente dessa guerra que está instalada”, observou.
O médico alerta também para os riscos dentro das maternidades, onde, segundo denúncias recebidas por ele, os profissionais estão atuando sem equipamentos de proteção individual. “Citaram (nas denúncias) a maternidade (Azilda da Silva Marreiro) do Galileia, que sequer tem máscaras simples. Isso é inadmissível, intolerável”. Esta semana, o secretário estadual de Saúde do Amazonas, Rodrigo Tobias, disse que o estoque de materiais “é considerado dentro da normalidade”.
Para Viana, a lei que garante a cada gestante um acompanhante também aumenta os riscos de contágio nas maternidades. “Acho que nesse momento, por questão de prevenção, esse direito deveria ser suspenso, deixando os médicos com a decisão de autorizar ou não a entrada de acompanhantes, em casos especiais”, sugeriu.
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