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Amazonas

Mapa da PUC e da FGV mostra Amazonas com menor índice de retransmissão de coronavírus

Os dados são do projeto Covid-19 Analytics, feito em parceria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio ) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A taxa de retransmissão (Rt) do novo coronavírus no Amazonas está abaixo de 1, o que significa que que a média de pessoas contaminadas por um outro infectado é menos que uma e indica uma redução no ritmo da epidemia. O menor índice de retransmissão está no Estado, que registra 0,9 e vem registrando números cada vez mais reduzidos de casos, especialmente em Manaus, segundo dados produzidos pelo projeto Covid-19 Analytics, feito em parceria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio ) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

As informações foram publicadas pelo UOL. Para chegar a esse número, os pesquisadores consideram o Rt, que mede a taxa de retransmissão do vírus.

Pelo menos sete estados do país apresentaram a mesma taxa, na última quarta-feira, o que aponta uma retração no percentual de contaminação na pandemia causada pelo novo coronavírus: Acre, Amazonas, Maranhão, Pará, Pernambuco, Roraima e Tocantins. Além deles, o Rio de Janeiro também ficou próximo desse índice e vinha apresentando percentual abaixo de um nos dias anteriores.

Segundo Gabriel Vasconcelos, pesquisador da Universidade da Califórnia e do Núcleo de Análise
Estatística de Dados da PUC-Rio, os dados deixam claro que nos sete estados com Rt abaixo de um. “ “Se esse número se mantiver menor do que um é uma boa notícia. Em alguns lugares, como
Amazonas e Pernambuco, os novos casos já perderam força há algumas semanas. Eles podem tratar
de temas como reabertura com mais tranquilidade do que os outros, mas precisam acompanhar de
perto para ver as reações”, afirma.

Vasconcelos analisa outros estados que apresentam índices de melhora. “Rio de Janeiro e Pará ainda não tiveram pico nos casos, mas para mortes parece que sim. No Amapá e no Acre as mortes também caíram, mas menos em relação ao máximo observado no Rio e no Pará”, diz.

Em termos nacionais, ele explica que os índices variam muito, tornando o cenário heterogêneo entre as regiões. “São Paulo, por exemplo, foi o primeiro estado onde os números de casos e mortes começaram a subir, e até hoje ainda não dá para dizer se chegou ao máximo de mortes. Em outros parece que o pico de mortes já passou, e a duração da parte crítica da epidemia parece que vai ser menor”, completa.

Mesmo assim, o pesquisador afirma que os dados revelam que o país ainda não passou pela pior
fase em termos de contaminação. “Parece que, para o Brasil como um todo, ainda não estamos no
pico de casos. O lado bom é que a taxa de mortalidade vem caindo. Já foi 7% e agora é 4,9%, e a
tendência é de queda.”

Um comportamento que chama a atenção do pesquisador é a variação entre áreas mais pobres e
ricas do país —e só agora elas atingem patamares parecidos. “Os lugares mais ricos foram os
primeiros a sentir a epidemia. Ela avançou devagar para o interior, e isso pode ter ajudado a não afogar os hospitais das capitais tanto quanto se a doença tivesse chegado no país todo de uma vez.”

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