Amazonas
Manaus soma 60 mortes de motociclistas no primeiro semestre de 2025, aponta Instituto Municipal de Mobilidade Urbana
Segundo o IMMU, o número de mortes de motociclistas em 2025 representa quase metade das mortes no trânsito no período, que totalizam 124 ocorrências.

O Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) informou que 60 motociclistas morreram em consequência de acidentes de trânsito em Manaus nos seis primeiros meses deste ano, uma média de três por mês. A informação foi divulgada em função do Dia do Motociclista, celebrado no último domingo (27/07). O IMMU chamou a atenção para a importância da prudência e do respeito às regras de trânsito por parte de todos os condutores, em especial os motociclistas, que representam a maioria das vítimas de acidentes graves na cidade.
Segundo o IMMU, o número de mortes de motociclistas em 2025 representa quase metade das mortes no trânsito no período, que totalizam 124 ocorrências, um dado preocupante, embora represente uma redução de 16% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 72 mortes de motociclistas.
Além das fatalidades, os dados de atendimentos de emergência reforçam a gravidade da situação. Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), entre janeiro e junho deste ano, 7.846 pessoas foram atendidas após acidentes de trânsito em Manaus. Desse total, 71% envolviam motociclistas, o que representa mais de 5.600 atendimentos.
Colisões, quedas e atropelamentos são os tipos de acidente mais comuns entre os motociclistas, que muitas vezes estão no trânsito a trabalho, atuando como entregadores ou motoristas de aplicativo.
“É alarmante perceber que, mesmo com a redução no número de mortes, os motociclistas continuam sendo as principais vítimas no trânsito de Manaus. Nosso compromisso é intensificar ações educativas e de fiscalização para que essas vidas sejam preservadas. Cada número representa uma história interrompida, uma família afetada. Por isso, mais do que nunca, é fundamental que cada condutor adote uma postura responsável e respeitosa no trânsito”, destaca o diretor-presidente do IMMU, Arnaldo Flores.
A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, também reforça o impacto social dos acidentes. “As ocorrências envolvendo motocicletas são preocupantes e sinalizam que é necessário um cuidado redobrado por parte dos condutores para evitar danos à sua vida e à de outras pessoas. A preocupação deve ser com a saúde individual e também coletiva, uma vez que um acidente mobiliza todo o núcleo familiar nos cuidados para recuperação do acidentado”, pontua.
Segundo o IMMU, o cenário de risco ganha ainda mais destaque diante do crescimento acelerado da frota de veículos em Manaus. Somente nos seis primeiros meses deste ano, a cidade recebeu mais de 21 mil novos veículos, alcançando a marca de 1.013.479 veículos registrados. Desse total, 339 mil são motocicletas, o que representa um terço da frota da capital. Manaus registra, em média, 4 mil novos veículos por mês, sendo que metade são motos.
A fiscalização de trânsito tem papel essencial na redução de acidentes. Uma das principais iniciativas do IMMU nesse sentido é a operação “Cavalo de Aço”, voltada especificamente à fiscalização de motociclistas. De janeiro a junho deste ano, a operação realizou mais de 2 mil abordagens, com 489 autuações por infrações como ausência de capacete, condução sem habilitação e veículos sem condições de segurança. Ao todo, 67 motocicletas foram removidas.
Na linha de frente das campanhas educativas, a educadora de trânsito do IMMU, Hanara Souza, lembra que atitudes simples fazem toda a diferença no dia a dia.
“Usar o capacete corretamente e afivelado, respeitar o limite de velocidade, manter distância segura dos veículos e nunca trafegar pelo corredor de forma arriscada são cuidados que salvam vidas. O trânsito é um espaço coletivo, e a segurança depende da atitude de cada um”, orienta Hanara.
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