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Amazonas

Mãe denuncia morte de bebê no ventre da filha dentro de maternidade do governo do Amazonas

“Se tivessem feito uma cesariana, minha neta poderia ter sido salva. Foi uma gravidez de risco e mesmo assim deixaram minha filha sofrer até perder a filha dela”, disse Thalita Araújo.

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Thalita Araújo denunciou em suas redes sociais, que sua filha Thamires Araújo, perdeu seu bebê dentro da Maternidade do Instituto da Mulher Dona Lindu, em Manaus, unidade da Secretaria de Saúde do Estado do Amazonas, gerida pela Organização Social de Saúde Agência de Desenvolvimento Social e Saúde (Agir), recentemente contratada.

mae-denuncia-morte-de-bebe-no- mae-denuncia-morte-de-bebe-no-Thalita informou que, na última sexta-feira, chegou com a filha na maternidade às 21h25 e que o atendimento foi até ágil de início. Foram atendidos inicialmente por uma médica “atenciosa”, que fez o exame de toque em Thamires, constatando que havia 4 centímetros de dilatação, mas informou que que não dava para interna-la pois precisaria de mais dilatação.

“Enquanto isso ficamos lá fora na sala de espera e as contrações foram aumentando e aumentando. Ela tinha dito para voltarmos a partir de 2 da madrugada pra ser avaliada novamente. Voltamos esse horário para tentar ser avaliada. A médica já era outra que não sei infelizmente o nome porque também era super estressada”, continou relatando.

A média, disse Thalita, fez o exame e a dilatação ainda era de 4 centímetros. E questionou: “doutora mas a dor dela tá mais intensa e as contrações mais perto uma da outra e ela já está sangrando.

Mas a resposta da medica, afirmou, foi: “é normal, ela está em trabalhos de parto minha senhora”. Thalita disse que a filha estava sofrendo muito e perguntou: “não tem como fazer uma cesariana”. E, segundo o relato, a média respondeu: “não há necessidade se está dilatando”. “Sendo que entre praticamente 6 horas não dilatou nada, mas a dor tava maior. E as contrações mais perto uma da outra”, disse.

Thalita disse que a filha continuou sangrando e com dor, passaram 3 horas e, às 4 horas da madrugada, foi à salda do médico e não encontrou ninguém. “ Até que chegou uma médico e começou a chamar as pacientes menos minha filha, até que ela me disse: mãe não aguento mais fala pra ele me examinar. Foi quando eu fui na sala dele, eu pedi dele: doutor o senhor pode examinar minha filha. Ela tá com muita dor e está sangrando muito. A gravidez dela é de risco porque ela usa Duplo J nos rins”. (Duplo J é um cateter usado para drenar a urina do rim para a bexiga quando há uma obstrução no ureter).

Segundo Thalita, o médico disse que era para aguardar por ordem de chamada no painel. “Eu disse: mas doutor estamos aqui desde 9 horas minha filha da sofrendo de dor. Ele respondeu :agora sua filha é prioridade da unidade? Disse tá todo mundo esperando senhora. Eu disse pra ele: mas não tem nenhuma grávida esperando dilatar, é minha filha e ela tá muito mal de dor. Ele continuou olhando pro computador e eu fechei a porta da sala”.

Ela relatou que o médico continuou chamando outras pacientes, mesmo vendo o estado de Thamires e que chegou a admitir “agir por birra, depois de ser cobrado”. “Perguntei se ele não ia chamá-la só porque reclamei. Ele respondeu: ‘É isso mesmo.’

Só às 5h30 da manhã, quando a família já planejava ir embora e buscar outra unidade de saúde, o médico chamou Thamires, informou a mãe. Segundo ela, o toque indicou 7 centímetros de dilatação, e a filha foi encaminhada para o pré-parto.

“Lá dentro foi outro descaso. Pedi várias vezes para ouvirem o coração da bebê. Diziam que só a enfermeira podia fazer isso, mas ela estava em outro parto. Quando finalmente vieram, já não havia mais batimentos”, contou Thalita.

A bebê já estava morta, dentro do útero de Thamires, que ficou cerca de 10 horas com o corpo da filha dentro do próprio ventre, enquanto ouvia que havia “emergências mais urgentes”.

“Se tivessem feito uma cesariana, minha neta poderia ter sido salva. Foi uma gravidez de risco e mesmo assim deixaram minha filha sofrer até perder a filha dela. A dor é imensa. Queremos justiça”, desabafa disse Thalita.

Instituto de Goiás é escolhido para assumir a gestão do 28 de Agosto e do Instituto D. Lindu, em Manaus, com contrato de R$ 34 milhões mensais


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