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Amazonas

Índice de Disparidade Salarial 2025 aponta que deputados federais no Amazonas ganham até 35,5 vezes mais que a média da população do Estado

A publicação aponta, ainda, que o governador do Amazonas ganha 27,5 vezes que o valor médio mensal recebido pela população do Estado, mais , os deputados estaduais 28,1 vezes e os magistrados 41,2 vez.

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Levantamento do Livres, associação voltada ao liberalismo econômico, indica que deputados federais no Amazonas podem ter salários até 35,5 vezes maiores que o valor médio mensal recebido pela população do Estado. Os dados são do Índice de Disparidade Salarial 2025. Leia a íntegra do relatório (PDF – 16 MB).

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A publicação aponta, ainda, que o governador do Amazonas ganha 27,5 vezes que o valor médio mensal recebido pela população do Estado, mais , os deputados estaduais 28,1 vezes e os magistrados 41,2 vez. Em Manaus, os vereadores ganham 11,9 vezes mais e, o prefeito, 12,4 vezes.

“Os dados apontam para uma desigualdade estrutural do Estado brasileiro, reproduzida em todas as regiões e em todos os níveis de poder. Mesmo em contexto de escassez de recursos, crise fiscal ou pobreza ampla, os salários das elites políticas se mantêm elevados, com pouca ou nenhuma correlação com a realidade socioeconômica local”, afirma o relatório.

De acordo com os dados, deputados federais do Maranhão, por exemplo, recebem 40,9 vezes mais que a média dos moradores locais, seguidos por parlamentares do Ceará (35,9 vezes) e Amazonas (35,5). Os menores índices de disparidade — mas ainda altos — são em Santa Catarina e Rio Grande do Sul (16,9), São Paulo (16,5) e Distrito Federal (12,8). Hoje, um deputado federal recebe 44.008,52 reais.

O Livres calculou a diferença dos proventos de deputados federais e população em geral da Argentina, Reino Unido, EUA e Portugal. A maior diferença esta no país vizinho do Brasil. Parlamentares argentinos recebem 4,5 vezes mais que a média da população. “Em democracias maduras e até em países com desafios institucionais comparáveis, como a Argentina, o padrão é de um distanciamento entre representantes e representados três a sete vezes menor que o brasileiro.

Isso demonstra que a desproporção brasileira não é apenas uma consequência de baixa renda nacional, mas sobretudo de um modelo de remuneração pública desconectado da realidade econômica da população”, diz trecho do estudo. Entre os políticos federais do Reino Unido e a população local, as autoridades recebem 3,7 vezes mais. Entre americanos, a diferença é de 3,4 vezes. Já em Portugal, o índice é de 3 vezes a mais entre salários de deputados federais e média da população em geral.

Todos os governadores ganham mais que chefe de governo da Espanha Outro dado curioso do estudo é a comparação entre os salários dos governadores brasileiros (26 estados e Distrito Federal) com o vencimento do primeiro-ministro da Espanha. Ao comparar com a média dos ganhos da população, os governadores estão acima, proporcionalmente, do que o chefe de governo espanhol.

Ao analisar os vencimentos de deputados estaduais, mais uma vez o Maranhão aparece com a maior diferença entre os políticos e a população em geral. Os parlamentares recebem 31,1 vezes mais que a média dos moradores locais. “Mesmo com pequenas variações entre estados, os salários giram em torno de 33 mil a 35 mil reais, o que, combinado à desigualdade de renda regional, gera índices de disparidade elevadíssimos em praticamente todo o país”, cita a pesquisa.

Nos estados com maior renda do país, o distanciamento entre representantes e representados permanece elevado. Paraná, Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul apresentam os menores índices de disparidade entre os deputados estaduais, mas ainda assim os vencimentos parlamentares superam em mais de 9 vezes a renda média da população local.

De acordo com o Livres, a metodologia utilizada na pesquisa foi comparar a remuneração mensal bruta de autoridades públicas com a renda domiciliar per capita da população sob sua jurisdição. “O índice resultante revela o quanto esses ocupantes de cargos públicos vivem acima (ou fora) da realidade social de quem os elege e financia”, afirmam no documento de 32 páginas.


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