Amazonas
IBGE: Amazonas aparece com o segundo maior índice de extrema pobreza em 2020
Os valores referem-se ao PPC (Paridade do Poder de Compra) que indicam o poder de consumo diário privado de uma parcela da população amazonense.
A Síntese de Indicadores Sociais de 2020 divulgada nesta sexta-feira, 03/12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra o Amazonas em segundo lugar nos índices de extrema pobreza, seguido do estado do Maranhão, em dados coletados durante o ano de 2020. A pesquisa utilizou dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).
O Amazonas destaca-entre as unidades da federação com 12,5% da população em situação de extrema pobreza pela ótica estritamente monetária (linha de US$ 1,90). O Maranhão aparece com 14,4%; Alagoas e Pernambuco , ambos com 11,8%.
Os valores referem-se ao PPC (Paridade do Poder de Compra) que indicam o poder de consumo diário privado de uma parcela da população amazonense.
A mesma pesquisa enquadra o Amazonas entre as unidades da federação com incidência de pobreza com índices entre 38,4% a 48,3%, considerando a proporção de pessoas com rendimento abaixo de US$ 5,50, no consumo diário.
A PNAD Contínua permite conhecer as características da população considerada pobre, visando formular políticas públicas direcionadas à melhoria das condições de vida e ampliação de oportunidades para vier fora da pobreza.
As taxas de pobreza de homens e mulheres para ambas as linhas de US$ 1,90 e US$ 5,50 se mantiveram próximas entes si. As diferenças mais expressivas na análise com recorte racial: as taxas de extrema pobreza e pobreza entre pretos e pardos eram mais que o dobro das observadas para brancos:7,4% entre pretos e pardos era extremamente pobres (contra 3,5% entre brancos) e 31,0% eram pobres (contra 15,1% entre brancos).
Na análise combinada de sexo e cor ou raça, foram as mulheres pretas e pardas que apresentaram maiores incidências de pobreza (31,9% e extrema pobreza (7,5%).
Por fim, verificou-se que a pobreza é maior entre as crianças, tendência observada internacionalmente. Entre aquelas com até 14 anos de idade, 8,9% eram extremamente pobres e 38,6% pobres, em contraste com a população idosa, 2,5% e 8,8% respectivamente.
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