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Amazonas

Governo federal amplia atuação de militares contra desmatamento no Amazonas

Operação anunciada em junho passa a abranger as demais áreas da Amazônia Legal no Estado; antes, sete municípios eram atendidos.

O texto amplia a ação em outros 19 municípios de Rondônia, Pará e Mato Grosso. (Foto:Divulgação/Funai)

As Forças Armadas estenderão a atuação no combate a crimes ambientais no Estado do Amazonas e para outras regiões da Amazônia Legal até o final de agosto. A autorização, expedida pelo presidente Bolsonaro em atendimento à solicitação do governo do Amazonas, ocorre após a Floresta Amazônica bater o recorde de alertas de desmatamento para o mês de junho e amplia a operação militar para outros estados da região. A medida consta em edição desta sexta-feira, 16/7, do Diário Oficial da União (DOU).

Desde 28 de junho, um decreto autorizava a atuação dos militares em áreas específicas — terras indígenas, unidades federais de conservação e locais de propriedade ou sob posse da União — do território que compõe a Amazônia Legal. No Estado do Amazonas, sete municípios eram abrangidos pelo decreto antes da ampliação. O texto ainda indica outros 19 municípios de Rondônia, Pará e Mato Grosso, cabendo a cada governador formular requerimento para ampliar as áreas atendidas em seu Estado.

Com prazo até 31 de agosto, a operação ocorre em coordenação com o Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido pelo Vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e tem ênfase para o desmatamento ilegal. Historicamente, o território registra alta de atividades ilícitas no período de seca, entre os meses de maio e setembro. Segundo o governo federal, a atuação da Defesa será focada em locais onde há mais registros de delitos e integrada com entidades de proteção ambiental e segurança pública.

O reforço enviado à região coincide com o momento em que o mundo acende um alerta para a floresta. Na terça-feira, 13, um estudo publicado na revista científica Nature mostrou que algumas áreas da Amazônia já emitem mais dióxido de carbono do que absorvem. A publicação apontou o desmatamento, a ocorrência de incêndios e os efeitos das mudanças climáticas como fatores que influenciaram o aumento da emissão de CO2 em algumas áreas do bioma.

Desde 2019, a gestão Jair Bolsonaro tem sido alvo de críticas no Brasil e no exterior por sua política ambiental. O governo federal tem apostado em operações como esta para combater o desmatamento ilegal na região, mas o emprego das Forças Armadas na floresta divide especialistas, que apontam falta de expertise dos militares em comparação a agentes especializados, como fiscais do Ibama e do Instituto Chico Mendes (ICMBio), órgãos do Ministério do Meio Ambiente.

As informações são do site Terra.


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